PAPO ÍNTIMO
Consequências da Covid-19 na saúde da mulher
Publicado em 09/03/2021 às 12:00 | Atualizado em 05/02/2024 às 11:39
Estamos completando um ano de pandemia no mundo e já experimentamos todo os tipos de mudanças, principalmente no comportamento humano. O estranho uso de máscaras, a falta de abraço e do toque hoje está se tornando “normal”, mas nunca vamos nos acostumar com a perda de mais de dois milhões de pessoas em tão pouco tempo.
As pessoas que venceram a Covid-19 e estão vivas para contar a história, relatam várias sequelas que a doença deixou. Eu, por exemplo, tive a doença em agosto de 2020 e ainda me queixo de cefaleia, fraqueza física, falta de paladar, falta de apetite e emagrecimento associado à perda de massa muscular.
É verdade que as mulheres têm resistido bravamente à morte. Um exemplo disso é a pesquisa realizada que revelou que 57,2% de 36.805 pessoas que morreram pela covid-19 na Itália eram do sexo masculino (Fonte: G1).
Isso significa que a mulher resiste mais à infecção pelo novo coronavírus, assim como para outras patologias virais, e isso se dá aos níveis de estrogênios produzidos no corpo da mulher, enquanto o homem, por produzir testosterona, não tem tanta resistência após a infecção.
Uma grande preocupação é em relação às consequências da Covid-19 para o futuro reprodutivo, se vai afetar a fertilidade ou não. Até o momento, não se tem estudo comprovando se o vírus afeta os ovários prejudicando os óvulos e se existe prejuízo para a formação do embrião, produzindo mal formação ou abortamentos. Por outro lado, alguns estudos têm mostrado um risco aumentado de complicações na gestação, como: abortamento, pré-eclâmpsia, restrição do crescimento intrauterino, parto prematuro, sofrimento fetal e rotura prematura de membranas, principalmente quando a gestante se encontra internada.
No quadro Papo Íntimo da última sexta-feira (5), o infectologista Dr. Fernando Chagas falou das consequências pós Covid-19 e ressaltou a queda de cabelo, fadiga crônica, insônia, distúrbios alimentares (aumento e perda de peso), perda do paladar, ansiedade, síndrome de pânico e depressão.
Podemos acrescentar a essa lista o uso nocivo de álcool, sentimentos de raiva, tédio e solidão, levando a um medo exagerado de se contaminar e morrer ou levando a uma negação da realidade, desobedecendo os protocolos de segurança.
O que podemos fazer de melhor nesse momento é seguir os protocolos de segurança, manter o afastamento social e cuidar da imunidade, procurando ter hábitos saudáveis de vida.
Assista na íntegra o Papo Íntimo da última sexta-feira (5):
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