Fazer sexo alarga a vagina?

Mulheres acreditam na necessidade de realizar cirurgias e procedimentos para ficarem mais “apertadas”

A vagina sempre foi alvo para controlar a mulher desde o início das civilizações. A sociedade e cultura machista encontrou na vagina uma forma de se ter domínio sobre o prazer e a sexualidade feminina. Desde então, foi-se criando uma série de mitos e tabus a respeito da genitália feminina.

Um dos mitos fala que se a mulher fizer sexo muitas vezes, a vagina dela ficará “frouxa ou “afolozada”, que no dicionário significa inutilizado/estragado, ou seja, não serve mais.

Infelizmente essas manifestações machistas, muitas vezes, são alimentadas até pelas próprias mulheres.

Entenda a polêmica envolvendo a cantora Ludmilla

A confusão iniciou quando uma internauta falou sobre a cantora no Twitter: “A Ludmilla canta umas músicas tão vibes menina de oitava série mandando indireta no Twitter”. A artista rebateu: “Nossa! Se na oitava série sua pussy (vagina, em inglês) já matava rindo deve estar larguíssima hoje em dia, né?”.

O que há de polêmico na frase de Ludmilla?

Bem, existe toda uma construção mentirosa para menosprezar e envergonhar a vulva e a vagina da mulher. O pior é que muitas mulheres acreditam e sentem necessidade de realizar cirurgias e procedimentos para ficarem mais “apertadas” para atender a uma demanda que nem é dela.

Afinal, fazer sexo “alarga” a vagina?

Diferentemente do que muitas pessoas pensam e disseminam por aí, uma vida sexual movimentada e com penetração frequente não tem nenhuma relação com a flacidez vaginal, pois a vagina é completamente adaptada para o sexo.

A flacidez vaginal acontece pelo enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico e pode acometer qualquer mulher, principalmente após os 40, já que com o passar do tempo os músculos da vagina vão naturalmente perdendo elasticidade e envelhecendo. Tabagismo, falta de exercício nos músculos do assoalho pélvico e parto são alguns dos fatores que também causam a flacidez. Sexo com penetração fortalece a musculatura vaginal e melhora o tônus (contração natural dos músculos).