Sexualidade da mulher com deficiência

Para início de conversa, quero dizer que a maioria das mulheres com deficiência que conheço (que não são poucas), não se queixam de falta de libido, preguiça para o sexo ou têm tabus com a sua sexualidade.

É fato que quando falamos de sexo, associamos logo à questão corporal, mas é importante lembrar que o sexo não acontece apenas no físico, mas principalmente na mente. Portanto, o critério psicológico (pensamentos e emoções), no caso da mulher com deficiência, precisa ser levado em consideração, uma vez que as limitações físicas podem dificultar a realização de uma penetração vaginal e na variação de posição sexual (no caso de deficiência física).

É verdade que um grande desafio da mulher com deficiência é conseguir e construir uma parceria amorosa, não por causa delas, mas devido ao preconceito das pessoas. É como se uma mulher com deficiência tivesse obrigatoriedade de se relacionar apenas com outra pessoa também com deficiência. Mas isso não é regra! A mulher com deficiência pode sim se relacionar com quem ela desejar, desde que seja com alguém que a respeite e respeite a sua condição.

Interessante que quando se trata do homem com deficiência é mais “aceitável” que ele tenha uma parceira sem deficiência, mas para a mulher com deficiência não seria “normal” se relacionar com uma pessoa sem deficiência. Isso só confirma a forma de como a nossa sociedade ainda vê a mulher, sempre no lugar de só cuidar (da família, da casa, do marido) e não de ser cuidada.

É um grande engano pensar que a mulher com deficiência não pode ter uma vida sexual ativa, ter um relacionamento e construir uma família. Essa ideia que toda mulher com deficiência é dependente é mentira! Toda mulher é livre para ser e fazer o que quiser, seja ela uma mulher com deficiência ou não.