PAPO ÍNTIMO
Vaginismo: você sabe do que se trata?
Publicado em 02/04/2021 às 18:03 | Atualizado em 05/02/2024 às 11:31
Por incrível que pareça, existem mulheres que se relacionam, se casam e passam meses e até anos sem ter uma relação sexual com penetração vaginal. Isso acontece porque a mulher imagina que a sua vagina é muito pequena, que esse ato será muito doloroso, vai provocar um sangramento e a deixará machucada. Em decorrência dessa sensação de medo e pavor, ocorre uma contração involuntária da musculatura que circunda o canal vaginal (músculos do assoalho pélvico), impedindo que aconteça a penetração vaginal. Isso é o vaginismo!
Apesar de ser um assunto muito reservado, as estatísticas mostram que cerca de 2 em cada 1000 mulheres tem vaginismo, mas esse número com certeza é muito maior.
A vergonha e o constrangimento do casal fazem com que a procura por um profissional para diagnóstico e o tratamento sejam retardados.
O diagnóstico do vaginismo geralmente passa pela sensibilidade do ginecologista que, de forma habilidosa, pergunta sobre a vida sexual do casal e permite que a paciente fique à vontade para contar esse “segredo”. O momento do exame ginecológico é decisivo para constatar se existe uma contração involuntária da musculatura pélvica, associado a um verdadeiro pânico na realização do exame genital.
Uma vez feito o diagnóstico, a orientação sobre o tratamento deve ser realizada imediatamente. Esse tratamento consiste em acompanhamento de uma terapia sexual para trabalhar as crenças sobre sexo, a autoestima do casal e o processo de dilatação vaginal.
O acompanhamento com a fisioterapia do assoalho pélvico também é recomendado sempre após a paciente passar pelo processo de dessensibilização cognitiva promovido pela terapia sexual.
O vaginismo tem cura e é libertador para o casal quando é tratado!
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