Você já ouviu falar em sepse?

Estamos na Semana Mundial da Sepse, doença que mata 240 mil pessoas todos os anos no Brasil.

Foto: divulgação/secom-MA

A Sepse mata 240 mil pessoas todos os anos no Brasil e cerca de 30 milhões no mundo. Ou seja, ela é uma doença extremamente grave, agressiva e com elevado índice de mortalidade. Mas você já ouviu falar em sepse?

Essa semana é celebrado o dia mundial da sepse.

O objetivo é alertar sobre uma doença  muito grave e que pouca gente tem noção o que está por trás dela e como se pode evitar.

Com o surgimento da pandemia, os resultados são ainda mais desanimadores: sepse mata 240 mil pessoas todos os anos no Brasil.

Pacientes internados  em leitos de terapia intensiva estão mais propensos a  desenvolverem infecções hospitalares, ou seja, o próprio ambiente hospitalar é um fator de risco para mais infecções.

Entre os doentes que sobrevivem da fase aguda da COVID-19, muitos desenvolvem infecções bacterianas e até 40% desenvolvem o que chamamos de sepse. Até 30% dos pacientes que tem sepse acabam morrendo.

No passado a doença era conhecida por septicemia. Hoje ouvimos pessoas chamando de infecção generalizada, mas é importante dizer que não é que a infecção esteja presente em todo corpo, às vezes ela é restrita a um único órgão, mas com repercussão no corpo inteiro.

A sepse é uma resposta inflamatória em consequência invasão por corpo por um agente infeccioso. O organismo lança essa resposta numa tentativa de conter a invasão. Essa reação pode ser tão intensa que leva a comprometimento do funcionamento de vários sistemas, conhecido por a gente por disfunção ou falência de múltiplos órgãos e sistemas.

Quem pode ter sepse

Prematuros, bebês recém-nascidos, portadores de câncer  ou doentes crônicos como portadores de insuficiência renal, cardíaca, diabetes ou problemas que alteram a imunidade correm maior risco de sepse quando tem alguma infecção. Ainda pacientes que fazem uso de quimioterapia ou agentes imunossupressores são potenciais pacientes de risco.

Internações prolongadas, uso de antibióticos também estão entre os fatores de risco para ter sepse, mas é importante saber que qualquer pessoa pode contrair sepse. No Brasil, a sepse mata 240 mil pessoas todos os anos.

Qualquer infecção pode complicar e chegar a um quadro de sepse. Por isso é essencial tratar corretamente as infecções.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico é baseado em sintomas como presença de infecção, pressão baixa, queda do volume de urina, febre alta. Em alguns casos pode haver confusão mental, principalmente em idosos.

Em caso de qualquer sinal destes, é importante ir imediatamente ao hospital. As primeiras horas são fundamentais para a chance de sobreviver. Se diagnosticada precocemente, tem maior chance de cura.

Tratamento

O tratamento é feito com reposição de líquido e antibióticos adequados para cada caso.

Lavagem das mãos, evitar auto medicação e a ida precoce ao serviço médico são fundamentais para evitar sepse.