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SAÚDE

Trauminha de Mangabeira é interditado pelo CRM-PB

Fiscalização realizada nesta semana más condições de trabalho. Interdição começa no sábado (29).

Publicado em 28/08/2020 às 10:43 | Atualizado em 15/02/2023 às 13:00


                                        
                                            Trauminha de Mangabeira é interditado pelo CRM-PB

				
					Trauminha de Mangabeira é interditado pelo CRM-PB

Por falta de médicos, o Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio Burity - Ortotrauma, mais conhecido como Trauminha, em João Pessoa, vai ser interditado eticamente a partir da 0h deste sábado (29), por determinação do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) e, com isso, não poderão ser admitidos novos pacientes. No entanto, os pacientes internados continuam recebendo atendimento médico até que tenham alta hospitalar.

O diretor de fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa, explicou que a interdição ética impede que o hospital receba novos pacientes. “A interdição feita pelo CRM da Paraíba não vai comprometer os pacientes que já estão internados, as cirurgias que devem ser realizadas, ela impede o ingresso de novos pacientes”, explicou.

A decisão foi tomada após uma fiscalização realizada pelo CRM-PB na manhã da segunda-feira (24), que constatou às más condições de trabalho dos médicos que atuam na unidade. Durante a vistoria, foi identificado que a escala médica da área vermelha, verde e emergência estão desfalcadas, pelo menos no sábado (noite) e domingo (dia). Além disso, no local, os fiscais do CRM encontraram uma série de problemas sanitários e de condições de trabalho dos profissionais de saúde que atuam na unidade, inclusive baratas circulando nas enfermarias.

Outro problema encontrado diz respeito à situação das enfermarias da ortopedia, que, segundo o CRM, estariam em situação calamitosa. Além de poucas medicações e falta de lençóis, foi constatado falta de higiene, presença de baratas. Todos os banheiros com defeitos e pacientes aguardando cirurgias.

Nos últimos quatro anos, o CRM-PB já realizou dez fiscalizações no Trauminha e constatou que poucas melhorias foram realizadas e grande parte dos problemas se agravaram. Na última fiscalização realizada no dia 24 de agosto, a equipe do CRM-PB observou 16 inconformidades graves.

Principais inconformidades encontradas no Trauminha:

1 – Escala médica incompleta, especificamente nos sábados e domingos, tendo apenas um médico para atender sozinho as salas vermelha e verde, além da urgência

2 – Falta de medicamentos (Antibióticos, Anti-inflamatórios, Anticoagulantes)

3 – Falta de material cirúrgico (Telas, órteses, próteses, gazes, luvas, drenos, campo cirúrgicos, roupas, fios cirúrgicos)

4 – Quantidade insuficiente de equipamentos para atender a demanda (capnógrafos, monitores e respiradores)

5 - Ambiente inseguro (relatos de agressão e de consumo de substâncias ilícitas no interior da unidade)

6 – Consultório médico sem maca para examinar paciente

7 - Pacientes com cirurgia infectada na mesma enfermaria de pacientes com cirurgia limpa

8 – Mais de sete dias para a realização de cirurgias

9 – Leitos sem lençóis

10 – Falta de higiene nos quartos e banheiros, com mofo e presença de insetos

11 – Estrutura física das enfermarias em péssimas condições, com banheiros necessitando de reparos

12 – Iluminação insuficiente nas enfermarias para a realização de procedimentos técnicos

13 – Falta de privacidade (Apesar das enfermarias estarem separadas por sexo, os acompanhantes são, na grande maioria, do sexo oposto)

14 – Cadeiras de rodas para transporte dos pacientes com defeitos

15 – Enfermarias sem ventilação, sendo utilizado grande números de ventiladores levados pelos acompanhantes

16 – Leitos com defeitos (camas sem elevação de cabeceiras)

Resposta

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa disse que nem o órgão, nem a direção do Trauminha receberam oficialmente a notificação de interdição. A pasta disse que o relatório recebido da visita realizada pelo CRM, no dia 25 de agosto, "está sendo respondido dentro do prazo definido pelo Conselho". Ressaltou,  inclusive, que a escala médica do mês solicitada foi entregue à entidade na última quinta-feira (27). As demais questões tratadas no relatório também já estão sendo respondidas, cumprindo os prazos definidos;

A  secretaria disse que a interdição implica em grande perda para a população, que fica impedida de receber atendimento em todas as especialidades médicas que atendem no Complexo Hospitalar de Mangabeira. "Ficarão desassistidos todos que busquem o serviço como, pacientes vítimas de acidentes de trânsito, em parada cardíaca, com transtornos psiquiátricos, pacientes de UTIs e outros", afirma a Saúde municipal.

Imagem

Angélica Nunes

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