Campina Grande terá R$ 700 milhões para investir em C&T

Setor deve se manter aquecido e a cidade terá cerca de R$ 700 milhões para investir nessa área do conhecimento.

Rebeca Casemiro
Do Jornal da Paraíba

A cidade de Campina Grande é conhecida internacionalmente como “high tech”, exportadora de cientistas e profissionais qualificados na área de Ciência & Tecnologia da Informação (C&T), além de possuir diversas empresas de softwares. O setor em 2010 se manterá aquecido e, apenas contando o orçamento de alguns dos principais órgãos públicos de fomento, a cidade deverá ter cerca de R$ 700 milhões para investir nessa área do conhecimento.

No município encontram-se diversos órgãos que estimulam o setor como as universidades federal, estadual e particulares, instituto federal de educação e fundações de apoio à pesquisa e de estímulo à inovação e empreendedorismo, como a Fapesq e Parque Tecnológico.

Segundo o reitor da UFCG, Thompson Mariz, o investimento na área de C&T feito por esses órgãos em 2010 pode ultrapassar os R$ 700 milhões. “Juntando todos os projetos, orçamento, emendas de bancada e parceria com empresas públicas e privadas, como Motorola, Nokia e Chesf, a UFCG deverá ter algo em torno dos R$ 450 milhões. Se juntarmos todas as outras teremos algo em torno da casa dos R$ 700 milhões a serem investidos na área de educação superior de ciência e tecnologia”, afirmou.

Essa expectativa pode ser facilmente ultrapassada ao longo do ano, conforme estimativa da direção da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba. Como boa parte dos projetos de algumas instituições é definida através de aprovações em editais, esse número tende a crescer.

Existe também o setor privado, com diversas empresas atuando na área e movimentando o setor, com exportação de diversos produtos. Na visão do empresário Alexandre Moura, da Light Infocon, o polo educacional e tecnológico de Campina Grande tem tido um importante impacto financeiro e contribuído para o desenvolvimento do município.

“Temos nessas instituições um grande número de pessoas empregadas, desde o funcionário de serviços gerais até o professor com PhD, então isso tem um impacto na economia da cidade muito importante. Também temos mais de 100 empresas de base tecnológica, que formam o nosso polo, onde os custos de manutenção e investimentos são muito altos e isso acaba refletindo no município”, avaliou.

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Governo Federal inclusive já anunciou a ampliação de investimentos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, com a destinação R$ 100 milhões em recursos da Subvenção Econômica, não reembolsáveis, para apoiar cerca de 500 empresas no desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos que agreguem valor aos seus negócios e ampliem seus diferenciais competitivos.

“Historicamente, a Fundação PaqTcPB tem demonstrado a competência e o pioneirismo campinenses ao longo dos anos e isso tem contribuído desde o início para fomentar o investimento no setor com a aprovação de diversos projetos, demonstrando a vocação local para a gestão da C&T e Inovação”, declarou Vicente de Paulo Albuquerque de Araújo, diretor adjunto da Fundação PaqTcPB.