COTIDIANO
Farcs vão começar a libertar reféns na 2ª
Os dez reféns, são considerados as pessoas com o maior tempo de cativeiro em poder de grupos armados no mundo.
Publicado em 22/03/2012 às 6:30
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) começarão na próxima segunda-feira a liberação dos dez reféns que ainda mantêm sequestrados, de acordo com anúncio da senadora Piedad Córdoba, ontem. A revelação acontece no mesmo dia em que 33 guerrilheiros do grupo foram mortos pelo Exército colombiano.
"A decisão foi tomada e temos um compromisso por parte das Farc. Sabemos que estamos entregando os reféns em meio a uma guerra e esperamos que não aconteça nada", afirmou a ex-senadora, uma das mediadoras da liberação dos prisioneiros da guerrilha.
Córdoba também disse que o governo colombiano se comprometeu a não fazer combates nem operações militares na região da entrega dos sequestrados. De acordo com a ex-parlamentar, a entrega acontecerá em três dias, tendo um dia de descanso, mas ainda não revelou o lugar onde será o resgate.
Os sequestrados que serão libertados são os militares Luis Alfonso Beltrán Franco, Luis Arturo Arcia, Robinson Salcedo Guarín e Luis Alfredo Moreno Chagüeza, além dos policiais Carlos José Duarte, César Augusto Lasso Monsalve, Jorge Trujillo Solarte, Jorge Humberto Romero, José Libardo Forero e Wilson Rojas Medina.
Todos foram retidos entre 1998 e 1999 e são considerados as pessoas com o maior tempo de cativeiro em poder de grupos armados no mundo. Córdoba agradeceu também o apoio dos governos colombiano e brasileiro, que emprestará helicópteros e tripulações para recuperar os sequestrados.
Operação militar
O governo colombiano confirmou a morte de 33 guerrilheiros das Farc em uma operação militar no departamento de Arauca, na fronteira com a Venezuela, ontem.
O grupo foi surpreendido por unidades aéreas e terrestres das Forças Armadas do país pro volta da 1h (3h em Brasília) em um acampamento na localidade de Arauquita. O Ministério de Defesa confirmou 51 baixas, com 33 mortos e 18 presos.
Em mensagem na sua conta no microblog Twitter, o presidente Juan Manuel Santos escreveu que se tratou de um "grande golpe às Farc" em uma região onde o grupo insurgente matou 11 militares.
Os insurgentes faziam parte de uma comissão da 10ª frente das Farcs, que foi responsável pelos sequestros dos militares e policiais que começaram a serem libertados.
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