ECONOMIA
Safra de grãos cresce 356% na PB
Paraíba colheu 117,6 mil toneladas de grãos este ano, a maior parte deste montante corresponde a colheita de milho.
Publicado em 08/12/2011 às 6:30
A safra de grãos da Paraíba atingiu 117,6 mil toneladas, o que representa um crescimento de 356,07% em relação ao ano passado, segundo o último levantamento apresentado ontem pelo Grupo de Coordenação das Estatísticas Agropecuárias do Estado (GCEA), formado por entidades como IBGE, Emater, Embrapa e o Ideme. Apesar do resultado expressivo, a taxa registrou queda de 56,6%, quando comparado à primeira estimativa deste ano (318,6 mil ton).
Atingida por forte escassez, a safra do ano passado foi de apenas 25,7 mil, uma das piores da última década.
Do total das 117,6 mil ton, o milho puxou mais uma vez a maior parte da produção de grãos na Paraíba ao colher 63,7 mil toneladas (453%), seguido pelo feijão (38,5 mil t), fava (7,6 mil t), arroz (4,2 mil t). Completam a lista o girassol, o gergelim e o amendoim (Veja o quadro completo abaixo).
O superintendente de Agropecuária do IBGE na Paraíba, José Rinaldo, avalia que o resultado inferior do que as previsões iniciais pode ser explicado por fatores climáticos, e que a falta de investimentos impediu um resultado melhor. “Houve um 'veranico' entre abril e março, no Sertão, o que prejudicou as lavouras de grãos, que não conseguiram se recuperar. Já no Agreste, foi o excesso de chuvas que prejudicou as safras”, explica.
Em termos de variação, a produção de algodão foi uma das que mais cresceu. Com 1,40 mil ton, alta de 419% ante a produção de 2010 (430 toneladas). Já a lavoura de mandioca, considerada uma 'poupança' dos agricultores por conta da rentabilidade, se manteve, com pequeno crescimento (3,9%), somando 219,7 mil toneladas.
Outras culturas tipicamente paraibanas como o abacaxi e a cana-de-açúcar mantiveram as áreas de plantio e o tamanho da produção praticamente inalteradas. A cultura de abacaxi colheu 277,4 milhões de frutos e manteve a liderança nacional, apesar do pequeno crescimento (1,4%) sobre 2010, enquanto a cana produziu 6,4 milhões de toneladas (2%).
Segundo Rinaldo, o Estado precisa investir em tecnologia e em planejamento para explorar adequadamente as potencialidades.
“O governo tem estatísticas apuradas sobre as melhores áreas para o plantio de cada cultura e pode investir nessas potencialidades, dialogando com os agricultores e distribuindo sementes”. Segundo ele, uma potencial ainda pouco explorada é a fruticultura, com ênfase em frutas regionais, como a manga, a goiaba, a pinha e o mamão.
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