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VIDA URBANA

Queda mata 32 idosos na PB

Dados da SES mostram que de 2011 para 2012 o número idosos que morreram em decorrência de quedas aumentou 56,8% no Estado.

Publicado em 01/05/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 14:59


De janeiro deste ano até a semana passada, 32 pessoas com 60 anos de idade, ou mais, morreram em decorrência de fraturas ocasionadas por queda, na Paraíba. De 2011 para 2012 houve um aumento de 56,8% no número de óbitos de idosos por esse motivo, já que a ocorrência saltou de 95 casos para 149 no ano passado. Deste total, 95 (63,7%) dos que morreram por complicações oriundas de queda tinham 80 anos, ou mais. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Na Paraíba, o número de pessoas com 60 anos, ou mais, passou de 415 mil para 502 mil nos últimos cinco anos, contabilizados de 2007 a 2012, segundo dados levantados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os idosos correspondem a 13% do total de aproximadamente 3,8 milhões de habitantes.

O aposentado José de Arimateia Cantalice, 67 anos, já sofreu três quedas quando passeava pelo Centro de João Pessoa. “Tropecei nas calçadas, mas Graças a Deus nenhuma dessas vezes cheguei a fraturar algum osso, mas sempre fiz compressa de gelo em casa, porque ficava dolorido o local. Caminho diariamente, cerca de uma hora para fortalecer a musculatura e ter mais resistência. Além disso, em casa tomo alguns cuidados como na hora do banho, que sempre uso chinelo para evitar escorregões”, relatou.

No caso do cantor de bolero José Carlos Bizerrildo, 67 anos, a consequência da queda sofrida há mais de 15 dias foi mais grave. Ele precisou fazer uma cirurgia e passou 12 dias internado no Hospital Ortotrauma de Mangabeira (Trauminha). “Subi na cama para ajeitar um quadro na parede, me desequilibrei e caí, com isso quebrei o cotovelo. Fiz a cirurgia e ainda nessa semana vou retirar os pontos. Estou me recuperando”, disse ao comentar que essa foi a primeira vez que fraturou algum osso.

Segundo o médico especialista em ortopedia e traumatologia Carlos Roberto, pessoas idosas devem evitar andar sozinhos, optando por fazer seus trajetos na companhia de familiares, amigos ou cuidadores, a fim de que possam proporcionar mais apoio e sustentabilidade, evitando assim, as quedas. “Também é muito comum pessoas com 60 anos, ou mais, caírem de cima da cama e sofrerem traumas ósseos. As principais fraturas são no colo do fêmur (quadril), coluna e punho. Estes são ocasionados principalmente por quedas da própria altura, como um tombo ou até mesmo durante o banho”, detalhou.

Carlos Roberto disse que as mulheres idosas são mais acometidas a fraturas do que homens. O motivo é por apresentarem uma predisposição à osteoporose, doença que deixa os ossos frágeis e que por isso, “a prevenção contra essa patologia também irá prevenir fraturas provenientes de quedas”.

“Essa prevenção pode ser feita com base em uma dieta rica em cálcio, caminhadas diárias e exposição ao sol da manhã, responsável por produzir vitamina D, que é fundamental na absorção de cálcio”, orientou.

O ortopedista finalizou ao acrescentar que para prevenir a osteoporose e consequentemente a predisposição para fraturas, o acompanhamento médico é indispensável.

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Jornal da Paraíba

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