ECONOMIA
Cesta registra menor alta em JP
Preço da cesta básica da capital paraibana teve, no mês passado, o menor aumento entre as capitais do Nordeste, segundo Dieese.
Publicado em 06/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 17:35
O valor da cesta básica de João Pessoa apresentou pequeno aumento no mês de maio com apenas 0,81% de alta em comparação a abril, conseguindo se manter como a segunda cidade mais barata entre as 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O preço da cesta da capital paraibana (R$ 272,35) teve, no mês passado, o menor aumento entre as capitais do Nordeste incluídas no estudo, se aproximando apenas de Salvador, cuja expansão foi de 1,14%.
Em maio, o produto que puxou a alta da cesta pessoense foi o tomate (8,7%). No acumulado do ano, o custo da cesta registrou alta de 5,23% e o fruto também foi o vilão, apresentando alta expressiva de 26,58% no seu preço.
Segundo o supervisor técnico do Dieese na Paraíba, Renato Silva, um dos fatores que influenciaram o aumento do preço do tomate foram os problemas de produtividade nas safras de inverno. “Esses problemas ocorreram por causa das pragas, e o fato de a colheita de verão ter terminado antecipadamente por causa da estiagem do início do ano, comprometeram a sua oferta, com impacto no preço do produto”, explicou.
Para Renato Silva, as projeções para os próximos meses são de que o preço dos insumos se mantenham nos patamares registrados atualmente, podendo ter picos de alta ou baixa devido a fatores climáticos que possam interferir principalmente nas safras do tomate e da banana.
O supervisor técnico do Dieese-PB lembrou que a cesta básica de João Pessoa, assim como outras capitais do país, estão com custos menores aos registrados no início de 2013 e isso, segundo ele, ocorreu devido não apenas à desoneração da cesta, mas também à melhoria das condições climáticas que tanto interferiram em períodos anteriores, prejudicando a safra de alguns produtos.
Além do tomate, outros seis produtos tiveram alta em maio: café (3,39%), leite (2,74%), arroz (0,82%), pão (0,77%), óleo de soja (0,27%) e carne (0,05%). Já os alimentos que registraram reduções foram: banana (-5,92%), farinha (-2,84%), açúcar (-1,12%) e manteiga (-0,34%). O feijão foi o único produto que apresentou evolução nula.
Nos cinco primeiros meses do ano, o aumento atingiu oito itens: tomate (26,58%), óleo (18,65%), café (8,49%), carne (7,93%), arroz (4,9%), manteiga (2,68%), pão (1,96%) e banana (1,92%). Os produtos que registraram reduções foram: farinha (-13,59%), feijão (-5,39%), açúcar (-0,56%) e leite (-0,33%).
ALTA ATINGE 15 CAPITAIS
O valor da cesta básica manteve a tendência de alta em maio e subiu em 15 das 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com a Pesquisa Mensal da Cesta Básica de Alimentos, as maiores elevações foram registradas em Fortaleza (5,42%) e Recife (4,90%). Já as três capitais que apresentaram queda nos preços da cesta básica foram Campo Grande (-2,05%), Florianópolis (-0,38%) e Brasília (-0,10%).
No acumulado dos primeiros cinco meses de 2014, as 18 capitais apresentam alta no valor da cesta básica. Neste cenário, as maiores elevações foram registradas em Brasília (14,31%), Curitiba (13,24%) e São Paulo (12,01%). Já as capitais que tiveram os menores aumentos foram Manaus (1,76%) e Salvador (4,67%).
Entre todas as capitais, em maio, São Paulo foi a que registrou o maior valor para o conjunto de itens essenciais, R$ 366,54. O valor representou uma alta de 2,43% na comparação com abril.
A segunda maior cesta foi observada em Porto Alegre (R$ 366,00), seguida por Vitória (R$ 352,76). Já os menores valores médios no mês passado foram apurados em Aracaju (R$ 241,72), João Pessoa (R$ 272,35) e Salvador (R$ 277,52).
MAIOR VALOR
Entre todas as capitais, em maio, São Paulo foi a que registrou o maior valor para o conjunto de itens essenciais, R$ 366,54. O valor representou uma alta de 2,43% na comparação com abril. A segunda maior cesta foi observada em Porto Alegre (R$ 366,00), seguida por Vitória (R$ 352,76). Já os menores valores médios no mês passado foram apurados em Aracaju (R$ 241,72) e João Pessoa (R$ 272,35). De acordo com o Dieese, o salário mínimo necessário em maio para suprir as necessidades básicas de uma família deveria ser de R$ 3.079,31, ou seja, 4,25 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. Em abril, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 3.019,07.
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