VIDA URBANA
Laudo descarta morte de jovem em decorrência de vacina para gripe
Michele Santos, de 20 anos, era portadora de anemia falciforme. De acordo com o documento, a causa da morte teria sido uma infecção generalizada em consequência da doença.
Publicado em 28/04/2010 às 12:46
Karoline Zilah
Com Luzia Santos, do Jornal da Paraíba
Um laudo médico divulgado no final da manhã desta quarta-feira (28) pela Secretaria de Saúde do município descartou que uma jovem de 20 anos tenha morrido na terça (27) em decorrência da vacina contra o vírus da Gripe A (H1N1). Michele Santos, de 20 anos, era portadora de anemia falciforme. De acordo com o documento, a causa da morte teria sido uma infecção generalizada em consequência da doença.
A garota estava internada no Hospital Edson Ramalho desde a última sexta-feira, após ser imunizada contra o vírus da gripe H1N1. Ela sabia que era portadora de anemia falciforme e já havia sido internada no hospital em outras ocasiões, segundo o diretor técnico do hospital, coronel Fernando Florêncio.
Na última sexta-feira, horas após tomar a vacina em um posto de saúde no Cristo Redentor, a garota teria apresentado fortes dores na região abdominal. Levada às pressas para o hospital, a jovem chegou a ficar internada na Unidade de Tratamento Intensivo.
“A doença evoluiu rapidamente e, infelizmente, a jovem veio a óbito”, disse o diretor. Segundo as primeiras informações levantadas pela equipe clínica, a causa da morte não seria a vacina, mas complicações devido à anemia. “Esta é uma possibilidade a ser discutida com o corpo clínico, mas não é a hipótese com a qual trabalhamos”, afirmou o coronel Florêncio.
Antes mesmo do resultado do laudo sair, a diretora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Município, Júlia Vaz, negou que a morte estaria relacionada à vacina. “A causa da morte foi septicemia (infecção generalizada)”, comentou.
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