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ECONOMIA

13º Salário tem dívidas como principal destino

Mas com a comemoração de fim de ano, o bolso fica dividido entre a comemoração e os boletos dos credores.

Publicado em 11/11/2012 às 16:30


O trabalhador que não soube planejar os gastos este ano caiu no endividamento e, certamente, já tem destino certo para o 13º salário: pagar as dívidas. No entanto, com a chegada das festas de final de ano, o bolso fica dividido entre a comemoração e os boletos dos credores. Para eliminar qualquer dúvida, os especialistas são firmes: se tem dívidas, pague-as, enquanto há condições. Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), 61% dos trabalhadores brasileiros, neste ano, usarão o recurso extra para este fim.

Para o consultor de finanças pessoais Cláudio Rocha, o mais correto é mesmo destinar uma parte ou todo o recurso para regularizar as pendências financeiras. “As dívidas devem ser pagas das mais caras para as mais baratas, mas as taxas de juros devem ser levadas em conta”, explicou.

Segundo o professor do Departamento de Economia da Universidade Federal da Paraíba Lucas Milanez, o ideal é pagar todas as dívidas assim que puder, pois, com o tempo, elas irão aumentar. “Caso as dívidas atrasem, haverá uma deterioração na renda futura, na medida em que os juros ampliam o total a pagar pelo devedor. Por outro lado, se houver uma necessidade muito grande de manter a tradição natalina - o que é a regra - , é necessário que o consumidor gaste com tais compras de acordo com seu orçamento”, disse.

No entanto, o economista acrescentou que o consumidor não pode se deixar levar pelo 'espírito natalino de comprar'. Segundo Cláudio Rocha, outro aspecto a ser levado em consideração são os gastos em janeiro, com material escolar, fardamento, matrícula e impostos. “Para quem não estiver com o orçamento folgado, é bom guardar pelo menos 50% do 13º para enfrentar as despesas do início do ano”, comentou.

O agente de saúde Antônio Veloso afirmou que tentará fazer os dois. “Sei que as despesas aumentam, então vou pegar o 'décimo' para pagar minhas contas, priorizando o cartão de crédito, e guardar um pouquinho para o início do próximo ano.

Por conta do planejamento, meu Natal vai ser tranquilo”.

Para o consumidor que tiver uma renda extra da restituição do Imposto de Renda, 13º salário e estiver com suas prestações em dia, as sugestões são outras. “Esses devem colocar as contas na ponta do lápis, para, diante das dívidas e dos gastos mínimos básicos, saber até que ponto pode se comprometer”, explicou Milanez.

Um exemplo destes é o atendente Gabriel Tadeu Dias. Ele contou que fez estágio durante dois anos e, agora, que deverá receber parte do 13º salário pela primeira vez, não tem grandes preocupações. “Pretendo guardá-lo e juntar mais dinheiro para ir à Argentina no próximo ano”, completou.

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Jornal da Paraíba

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