COTIDIANO
Dilma diz que há 'tentativa patética' de discutir 'medo' na campanha
Petista criticou declarações de Serra sobre indicações de cargos e MST. 'Em 2002, criaram clima de que, se Lula fosse eleito, seria o caos', disse.
Publicado em 30/07/2010 às 16:46 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:35
Do G1
Em entrevistas nesta sexta-feira (30), a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, criticou declarações do tucano José Serra, seu adversário na campanha eleitoral, sobre o que ele tem chamado de "loteamento" de órgãos estatais e sobre um eventual aumento de invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) caso ela seja eleita.
Dilma afirmou que há uma tentativa “patética” de transformar a eleição “numa discussão sobre medo”. “Em 2002, criaram aqui no Brasil um clima de que, se o Lula fosse eleito, seria o caos. A partir daí, a gente viu o dólar indo para R$ 4, a gente viu a inflação subindo”, disse, em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre.
Ela foi questionada sobre o fato de o tucano ter relacionado um eventual governo dela com um maior aumento de ações do MST. A ex-ministra disse que irá responder a isso “com todas as realizações que fizemos” e afirmou que o governo "construiu a paz no campo" viabilizando financiamento e renda para os pequenos agricultores.
Cargos de confiança
Em outra entrevista, desta vez à Rádio Gaúcha, ela foi questionada sobre qual seria sua política, caso eleita, para a nomeação de cargos de confiança na direção de estatais. A petista respondeu que é “absolutamente rigorosa” em relação à capacitação técnica, mas fez a ressalva de que é preciso que os gestores tenham “compromisso” com a sociedade, sem especificar, no entanto, como seria isso seria aferido.
“Está sendo usada hoje uma estratégia pelo meu adversário. A estratégia combina a tentativa de colocar o medo e de nos desqualificar”, afirmou. Mais uma vez, ela relembrou as eleições de 2002 e citou um slogan utilizado após a campanha naquela época – “a esperança venceu o medo”.
A ex-ministra disse que a população não irá acreditar no discurso do adversário. “O povo não caiu nessa quando a situação era só de esperança. Hoje, quando a situação é de esperança combinada com realizações concretas, ele não cairá mesmo”, afirmou.
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