ECONOMIA
Comércio apresentou queda de 1,6% em junho
Comparado a junho do ano passado, a atividade do setor cresceu 09,% em média; dados são da pesquisa Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio.
Publicado em 04/07/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:19
O comércio varejista do país teve queda média de 1,6% na clientela, em junho, comparado a maio, segundo mostra a pesquisa Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. No entanto, três segmentos mantiveram-se aquecidos: o de veículos, motos e peças, com alta de 6,2%; o de material de construção, com 1,1%, e o de supermercados, com 0,3%, sobre um aumento anterior de 1,5%, informa a Agência Brasil.
Comparado a junho do ano passado, a atividade do setor cresceu 09,% em média. Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, “a onda de protestos ocorrida em várias cidades do país durante o mês de junho afugentou os consumidores das lojas”. Esses analistas também apontaram como efeito negativo a elevação dos juros e a “queda dos níveis de confiança dos consumidores”.
RETRAÇÕES
A maior retração ocorreu com o setor de móveis, eletroeletrônicos e informática, com recuo de 1,1%, e com o setor de combustíveis e lubrificantes, com redução de 1%. Estes foram os setores que mais demandaram movimento, no fechamento do primeiro semestre com alta (em ambos os casos) de 8,1%. Já na comparação com junho do ano passado, o segmento de móveis caiu 3,3% e o de combustíveis e lubrificantes teve expansão de 4,8%.
Todos os segmentos apresentaram avanços no primeiro semestre comparado ao mesmo período do ano passado, com expansão diária de 8,1%, porém, em relação aos dois anos anteriores, há uma gradativa redução. Em 2011, haviam avançado 11,% e, em 2012, 9,6%.
A segunda maior taxa de aumento ocorreu nos supermercados, onde o movimento de clientes superou em 6,1% o de igual período, em 2012.
Na sequência, estão os setores de tecidos, vestuário, calçados e acessórios com crescimento de 3,4%; veículos, motos e peças com 3,3% e material de construção com 2,7%
CAI NÍVEL DE CONFIANÇA DE EMPRESÁRIOS
O nível de confiança dos empresários do comércio caiu 1% em junho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), essa é a 12ª queda consecutiva mensal do indicador.
O indicador que mede as expectativas do empresário para o futuro caiu 1,8% em junho. É a primeira vez, desde março de 2012, que a confiança em relação aos próximos meses teve um desempenho pior do que o indicador que avalia a situação atual (que recuou 1,1%)
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Entre as avaliações sobre o futuro, os empresários estão menos otimistas em relação à economia (-2,1%), ao setor comercial (-2,7%) e à empresa (-0,7%). Já em relação à avaliação sobre a situação atual, a única queda foi observada em relação à avaliação sobre o momento presente da economia, que teve queda de 6,5%.
Por outro lado, os empresários avaliaram positivamente o comércio (1,8%) e a sua própria empresa (0,9%).
Segundo o economista Fábio Bentes, da CNC, a queda sucessiva nos últimos 12 meses está relacionada à desaceleração do comércio. “A expectativa do empresário anda de mãos dadas com o comportamento das vendas”, explicou.
Bentes lembra que, em meados do ano passado, o comércio crescia a taxas próximas de 10% e o otimismo era maior. “Neste ano, a taxa média de crescimento é 3%. E o que tem provocado essa desaceleração, entre outros fatores, é a inflação. A inflação atrapalhou muito as vendas do comércio neste ano”, disse.
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