COTIDIANO
Desembargadores negam denúncia de nepotismo no TJ da Paraíba
Depois das acusações do Sindicato dos Oficiais de Justiça da Paraíba (Sojep), desembargadores negam denúnica de nepotismo no Tribunal de Justiça.
Publicado em 30/05/2009 às 15:58 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:39
Da Redação
Depois da denúncia feita pelo presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça da Paraíba (Sojep-PB), Jeovan Cordeiro, de que havia casos de nepotismo dentro do Tribunal de Justiça, na audência pública da Correição do CNJ no judiciário paraiabano, na última quinta-feira (28), a Redação do Paraíba1 ouviu os desembargadores sobre o caso.
O presidente do Sojep, Jeovan Cordeiro, durante a Correição do CNJ, chegou a afirmar que casos de nepotismo são bastante comuns no TJ. Ele citou alguns desembargadores, cujas esposas e parentes próximos trabalham como médicas, bibliotecárias e, também, nas chefias de gabinetes. Em alguns desses casos, o cargo é comissionado. Jeovan também denunciou a existência do nepotismo cruzado, em que parentes de juízes e desembargadores são empregados no poder executivo.
Neste sábado (30), o desembargador Miguel de Britto Lyra, citado por Jeovan como um dos desembargadores que têm a esposa no quadro de funcionários do Tribunal de Justiça, rebateu a acusação, dizendo que sua esposa era funcionária do antigo IPEP e que passou a atuar no TJ há cerca de 17 anos. Ele afirmou que ela não recebe adcionais por isso.
O desembargador Márcio Murilo, outro citado por Jeovan, também negou que existam irregularidades no trabalho realizado por sua esposa no setor médico. Ele disse que Isabela Ramos, sua esposa, foi aprovada em concurso público do município de Cabedelo para o cargo de médico. Mas, há nove anos, quando ele ainda era juíz, o Tribunal de Justiça precisou de médicos para suprir a carência por profissionais do setor. Ela se colocou à disposição e está desde aquele tempo na função.
Marcio Murilo ainda disse que Isabela não recebe mais pela prefeitura de Cabedelo, mas, até alguns dias, recebia gratificações como as que outros servidores recebem por trabalharem em um local diferente do de origem. Ela deixou de receber, segundo disse o desembargador, porque, alguns dias antes da inspeção, ouvio comentários de que receber a gratificação era irregular e por isso a cancelou até ter certeza.
O juiz-corregedor do CNJ, Gilson Dipp, levou as acusações para Brasília e no prazo de 30 dias deve estar divulgando o relatório da inspeção, junto com o laudo da investigação de nepotismo.
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