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VIDA URBANA

Tabajaras são maioria dos indígenas urbanos

Índios Tabajaras que vivem na capital aguardam finalização de processo para retornarem às suas terras.

Publicado em 29/01/2012 às 6:30


O coordenador técnico da Funai aponta ainda que a maior parte dos índios que vivem na zona urbana paraibana pertencem à tribo Tabajara, embora também existam Potiguaras. Isso porque, há mais de meio século, os Tabajaras lutam pelas suas terras – hoje ocupadas por terceiros.

“Quando a situação for regularizada eles vão retornar para suas terras. O processo administrativo de devolução dessas áreas corre dentro da Funai e estamos aguardando a formação de um grupo de trabalho para fazer um estudo detalhado e delimitar as terras indígenas”, adianta Benedito Rangel, da Funai-JP, ao comentar que a expectativa é que ainda este ano o processo tenha um desfecho.

Enquanto isso, os índios tentam ocupar as terras que um dia já lhes pertenceu. Segundo a índia Suely da Silva, moradora de João Pessoa, muitos Tabajaras já estão residindo no assentamento Mucatu, em Alhandra, Litoral Sul paraibano.

“Agora nós estamos mais em Mucatu do que na cidade porque estamos lutando pela nossa terra. Índio sem terra não é índio, estamos morrendo nas cidades”, afirma Suely, ao acrescentar que muitos de seus familiares foram mortos quando da “invasão” por terceiros. “Meu pai foi obrigado a pagar para trabalhar em suas próprias terras, sendo depois expulso de vez”, relata.

A irmã dela, também moradora da comunidade Vila Nassau, na capital, completa: “A gente quer manter as nossas tradições, trabalhar na roça e criar nossos filhos lá. Na cidade não tem lugar pra gente”. Segundo ela, a família é composta por 12 irmãos, que hoje estão espalhados pelos bairros como o Grotão, Funcionários, Cristo (todos na capital) e ainda o assentamento de Mucatu. Eles tentam se reunir semanalmente para dançar o toré e “lembrar quem são”.

“Quero morar na aldeia porque lá a gente tem mais liberdade, vive perto da natureza, não assiste televisão. As vezes que fui na aldeia me senti muito bem. Também não quero ver minha família se destruindo”, diz a sobrinha de Suely, Denise da Silva, de apenas 14 anos.

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Jornal da Paraíba

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