ECONOMIA
PB registra maior crescimento de rebanho bovino do NE, revela IBGE
Rebanho paraibano aumentou 9,25%, passando de 1,048 milhão de cabeças para 1,145 milhão, na passagem de 2013 para 2014.
Publicado em 08/10/2015 às 18:48
Apesar do cenário de estiagem há três anos, a Paraíba registrou o maior crescimento entre os Estados do Nordeste do efetivo bovino no ano passado. Dados da Pesquisa Pecuária Municipal, divulgada nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o rebanho aumentou 9,25%, passando de 1,048 milhão de cabeças para 1,145 milhão, na passagem de 2013 para 2014. O índice ficou bem acima da Região Nordeste (1,35%) e do país (0,3%).
Dos nove Estados da Região, dois registram queda (Piauí e Sergipe), enquanto outros três apresentam estabilidade no efetivo do rebanho no período de 2013 para 2014 (Ceará, Alagoas e Bahia). Além da Paraíba (9,25%), apenas Rio Grande do Norte (6,3%), Pernambuco (5,4%) e Maranhão (2,5%) registraram alta. Dos 391,9 mil novas cabeças acrescidas na Região em 2014, quase um quarto de novas unidades vieram da Paraíba (97,1 mil). O Nordeste encerrou 2014 com um efetivo bovino de 29,3 milhões de bovino.
A Pesquisa Pecuária Municipal do IBGE também registrou expansão dos rebanhos de médio porte como ovinos (13,60%) e caprinos (6,17%) na passagem de 2013 para 2014. O ovino passou de 389,5 mil para 442,5 mil, enquanto o caprino de 478 mil para 507,5 mil. O Nordeste, que tem os maiores efetivos de ovino e caprino do país, registrou crescimento de apenas 3,5% no ovino, enquanto no caprino o crescimento ficou abaixo de 1%. No caprino, a Paraíba tem o quinto efetivo do Nordeste. Em números absolutos, a Região possui um efetivo de 10,1 milhões de ovelhas e de 8,1 milhões de caprinos.
Cenário nacional
Afetado por cenários econômicos adversos tanto no plano nacional quanto internacional, o rebanho bovino do país fechou 2014 com crescimento modesto de 0,3% em relação a 2013. O rebanho alcançou 212,3 milhões de cabeças, acréscimo de 569 mil animais em relação a 2013.
No país, a seca afeta desde 2013 a pecuária, reduzindo as pastagens, diminuindo a oferta de animais para reposição e abate e elevou os custos de produção – contribuiu para o crescimento modesto. Mesmo com crescimento modesto (0,3%) o país manteve-se como segundo colocado no ranking mundial de rebanho bovino, atrás apenas da Índia. A região Centro-Oeste é a principal produtora, responsável por 33,5% do gado bovino nacional. Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Pará respondem, juntos, por mais da metade do efetivo nacional (54,0%).
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