Suspeito de matar vizinho se apresenta à polícia

O policial rodoviário federal Mozart Ribeiro, acusado de assassinar o engenheiro civil e empresário Oswaldo Filho, dentro de um condomínio de luxo, no último dia 26, em João Pessoa, se entregou à polícia na tarde de ontem. Ele foi preso em cumprimento a mandado de prisão e encaminhado para a 4ª Companhia de Polícia Militar, em Cabedelo, onde aguardará decisão da Justiça.

Segundo o advogado do acusado, Sheyner Asfora, o policial rodoviário está abalado e demonstra estar arrependido pelo crime. “Ele está extremamente arrependido e consciente da tragédia que causou na vida das duas famílias”, afirmou o advogado, que descartou ainda que o policial estivesse foragido. “Ele estava na casa de parentes, aguardando que o delegado do caso fosse nomeado. Ele estava em João Pessoa, não tinha tentado fugir”, informou o advogado.

Conforme Asfora, o policial rodoviário foi ouvido pela titular da delegacia de homicídios da capital, Roberta Gouveia, e em seguida foi encaminhado para fazer o exame de corpo de delito no Instituto de Polícia Científica (IPC). Após a avaliação, o acusado que tem direito a prisão especial por ter curso superior, foi encaminhado para 4ª Cia. A defesa pretende pedir o relaxamento da prisão preventiva e para que o acusado responda ao processo em liberdade. “A defesa entende que não há mais motivos para Mozart permanecer preso”, declarou Sheyner Asfora.

De acordo com a delegada Roberta Gouveia, o suspeito confessou que cometeu o crime, mas alegou ter sofrido um lapso de memória. Em depoimento, o policial diz lembrar apenas do momento da discussão e do que aconteceu depois de efetuar os disparos. Ele ainda admitiu ter consumido bebida alcoólica na companhia da vítima e informou que permaneceu na casa de parentes depois do acontecido.