VIDA URBANA
Mais de 20 bairros de João Pessoa têm casos de esporotricose, revela pesquisa da UFPB
Doença aparece na forma de uma micose e pode afetar tanto animais quanto seres humanos.
Publicado em 10/07/2018 às 18:56
Mais de 20 bairros de João Pessoa têm casos de esporotricose registrados, de acordo com estudos desenvolvidos pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A doença aparece na forma de uma micose, é causada por um fungo e pode afetar tanto animais quanto seres humanos.
Segundo o infectologista do Hospital Universitário Lauro Wanderley, Francisco Bernardino, a forma mais comum de apresentação da doença em seres humanos é por meio de nódulos na pele, que posteriormente se tornam úlceras, provocando feridas na pele. Além disso, os vasos linfáticos próximos a essa região também podem ser afetados.
O fungo causador da esporotricose está presente na natureza, como por exemplo no solo. Por isso, a médica veterinária Suely Ruth informou que animais, em especial felinos, como os gatos, podem se contaminar mais facilmente, ao escavarem para enterrar as fezes ou arranhar as árvores para afiar as unhas.
O ser humano pode ser contaminado caso seja mordido ou arranhado por um animal que, mesmo que não tenha a doença, tenha o fungo nas unhas ou na região dos dentes.
Tratamento
Embora a avaliação para identificar a esporotricose seja oferecida de forma gratuita no Centro de Zoonoses de João Pessoa, o tratamento é demorado e pode se tornar caro, o que faz com que alguns donos abandonem os animais contaminados, situação também constatada pelo estudo da UFPB.
Os registros de mortes em humanos são raros e mais comuns em pessoas com a imunidade baixa, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB). O medicamento mais receitado é o antifúngico itraconazol, inclusive para os animais. Além desses dois medicamentos, há a possibilidade do tratamento ser feito à base de terbinafina, fluconazol e antofericina B; apenas um médico pode avaliar o melhor tratamento para cada caso.
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