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POLÍTICA

Grupo protesta no STF e pinta o prédio de vermelho

Manifestantes foram embora em duas vans aos gritos de “Lula Livre!”.

Publicado em 24/07/2018 às 19:50


                                        
                                            Grupo protesta no STF e pinta o prédio de vermelho
STF, Protesto, tinta Vermelha. Antonio Cruz/Agência Brasil

Cerca de 20 manifestantes vestidos com cartolinas representando a Constituição e a Carteira de Trabalho protestaram,  no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, e derramaram tinta vermelha em uma das entradas do prédio principal da Corte, por onde os ministros costumam entrar para as sessões plenárias, área conhecida como Salão Branco.

O protesto durou cerca de 10 minutos, e foi encerrado quando os seguranças do STF tentaram impedir que a sede do tribunal fosse pintada com tinta vermelha. Os manifestantes foram embora em duas vans aos gritos de “Lula Livre!”. O grupo não foi identificado e ninguém foi detido. A Polícia Federal foi acionada para investigar o ocorrido.

Durante o protesto, que ocorreu por volta das 12h30, os manifestantes entoaram uma paródia da música “Funeral de um Lavrador”, de Chico Buarque, com letra contra a reforma trabalhista e a política de preços da Petrobras.

Essa foi a segunda vez que o prédio principal do STF serviu de palco para manifestações contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na última sexta-feira (20) um grupo fez uma manifestação também no Salão Branco. Em abril, um dia depois de o STF negar um habeas corpus preventivo a Lula, o prédio em que a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, tem residência em Belo Horizonte também teve sua fachada pintada por tinta vermelha.

Nota da AMB

Por meio de nota, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), repudiou os atos de vandalismo na sede do STF. De acordo com o presidente da entidade, desembargador Jayme de Oliveira, a AMB tem advertido, em diversas oportunidades, "para os riscos que a democracia brasileira tem corrido e reitera os seus posicionamentos para denunciar a intenção escusa dos ataques frequentes ao Poder Judiciário, na clara tentativa de constranger a Justiça".

"Não se pode admitir, sob qualquer pretexto, atos de vandalismo como este que atinge a mais alta instância do Judiciário brasileiro. A AMB reafirma a defesa da do Estado Democrático de Direito e entende que atos dessa natureza não podem permanecer impunes", acrescentou a nota.

Imagem

Josusmar Barbosa

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