COTIDIANO
Audiência para apurar denúncia contra governador é adiada
Segundo o chefe interino do cartório da 64ª zona eleitoral, Sérgio Grisi, as duas partes enviaram ofícios pedindo o adiamento.
Publicado em 13/02/2009 às 9:08 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:40
Da Redação
A audiência que ouviria, nesta sexta-feira (13), testemunhas de um processo que acusa o governador Cássio Cunha Lima (PSDB) de compra de votos na campanha eleitoral de 2006 foi adiada. Segundo o chefe interino do cartório da 64ª zona eleitoral, Sérgio Grisi, as duas partes enviaram ofícios pedindo o adiamento. A alegação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi de que a advogada Rosário Arruda, que consta nos autos do processo, já não representa os interesses do partido desde 2007.
Já os advogados Delosmar Mendonça e Fábio Brito, que representam o governador Cássio e o diretor da Fundação de Ação Comunitária (FAC) Gimar Aureliano, enviaram a solicitação de adiamento alegando que estariam em uma sessão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no mesmo horário em que a audiência estava marcada.
Esta audiência é um desmembramento do caso FAC, que está sendo julgado pelo TSE, e seria para ouvir testemunhas como assistentes sociais e pessoas ligadas ao caso. Ainda não há uma nova data para que as testemunhas sejam ouvidas.
Processo nº 940
O advogado Delosmar Mendonça explicou que este processo que acusa o governador de compra de votos é um desmembramento do caso FAC. “No TSE, o governador está respondendo pelos crimes de conduta vedada a agente público e abuso de poder, já neste novo processo, o governador vai responder por compra de votos”, explicou o advogado.
De acordo com Delosmar, a decisão de desmembrar este processo foi do ex-relator do caso, segundo o advogado, o juiz Alexandre Targino.
Entenda o desmembramento do processo
Assim como no Caso FAC, o autor desta ação é também o Partido Comunista Brasileiro. Em 2006, o PCB entrou com uma ação pedindo a condenação dos réus (Cássio, José Lacerda-Neto e Gilmar Aureliano) por compra de votos, conduta vedada e abuso de poder.
Em decisão do juiz Alexandre Targino, relator do caso na época, ficou decidido que o processo seria desmembrado e as investigações seriam feitas em dois processos distintos: conduta vedada e abuso de poder (Caso FAC que está no TSE) e o de compra de votos. No TSE, o julgamento está previsto para a próxima terça-feira (17).
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