ECONOMIA
Bancos demitem mais em 2014
Para a Contraf-CUT, a redução de empregos nos bancos contraria o movimento da economia brasileira.
Publicado em 24/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 15:06
O sistema financeiro fechou 2.567 postos de trabalho de janeiro a abril de 2014, mostra a Pesquisa de Emprego Bancário, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), divulgada na última quinta-feira. Enquanto os bancos privados e o Banco do Brasil cortaram postos de trabalho, a Caixa Econômica Federal abriu 1.256 vagas no mesmo período.
Para a Contraf-CUT, a redução de empregos nos bancos contraria o movimento da economia brasileira, que gerou 458.145 novos empregos formais no primeiro quadrimestre do ano.
Segundo o estudo, além da diminuição de vagas, a rotatividade permaneceu alta no período. Os bancos brasileiros contrataram 11.080 funcionários e desligaram 13.647.
Um total de 15 estados apresentaram saldos negativos de emprego. Os maiores cortes ocorreram em São Paulo, no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e em Minas Gerais, com 1.301, 381, 362 e 251 cortes, respectivamente. O estado com maior saldo positivo foi o Pará, com a geração de 128 novos postos.
A pesquisa mostra também que o salário médio dos admitidos pelos bancos nos primeiros quatro meses do ano foi R$ 3.221,18, contra o salário médio de R$ 5.206,73 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio equivalente a 61,9% da remuneração dos que saíram.
Enquanto a média dos salários dos homens na admissão foi R$ 3.660,01 de janeiro a abril deste ano, a remuneração das mulheres ficou em R$ 2.776,30, valor que representa 75,9% da remuneração de contratação dos homens.
A média dos salários dos homens no desligamento foi R$ 6.027,18, enquanto a remuneração das mulheres foi R$ 4.333,27. Isso significa que o salário médio das mulheres no desligamento equivale a 71,9% da remuneração dos homens.
A pesquisa é feita em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego. (As informações foram divulgadas pela Agência Brasil)
Comentários