VIDA URBANA
Hospital deve afastar diretora, diz MP
Promotoria de Justiça de Defesa do Cidadão de João Pessoa expediu recomendação à direção do Hospital São Vicente de Paula.
Publicado em 21/08/2014 às 6:00 | Atualizado em 08/03/2024 às 17:43
O Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Cidadão de João Pessoa, expediu ontem recomendação à direção do Hospital São Vicente de Paula, em João Pessoa, para que a médica Carmem Lúcia Alves Pinto seja afastada da chefia de Apoio Logístico, cargo atualmente exercido por ela.
De acordo com a promotora de Justiça Sônia Maia, as constantes denúncias relacionadas às pessoas idosas e as negligências no decorrer das internações levaram à expedição da recomendação. “O pedido de afastamento das atividades laborativas da médica se dá devido às contínuas denúncias recebidas pela Promotoria”, destaca a promotora.
De acordo ainda com Sônia Maia, foi expedido um ofício à Gerência Executiva do Instituto Nacional de Previdência Social (INSS) para que sejam tomadas providências e adoção de medidas cabíveis. A direção do hospital terá um prazo de cinco dias para cumprir a recomendação.
No último dia 15 de agosto, a Promotoria de Justiça de Defesa do Cidadão de João Pessoa recebeu uma denúncia por telefone, informando que o idoso Cláudio Roberval, de 72 anos, estava há três dias no hospital sem atendimento médico e, devido à gravidade do problema, foi conduzido ao Centro de Terapia Intensiva (CTI). Ao se dirigir até a unidade, a promotora Sônia Maia foi impedida de imediato pela direção de entrar no hospital e, ao chegar ao local, recebeu a informação de que o paciente havia falecido.
Diante do fato, o Ministério Público passou a investigar as circunstâncias que levaram à morte do paciente idoso no Hospital São Vicente de Paula, e a denúncia de que a unidade hospitalar estava prestando um mau atendimento a outros pacientes, sobretudo aos idosos.
DIRETORIA DO HOSPITAL
A reportagem tentou contato telefônico com o diretor do Hospital São Vicente, George Guedes, mas ele não foi localizado. Já o advogado da unidade de saúde, Paulo Guedes, informou que ainda não foi comunicado oficialmente sobre a recomendação do MPPB e preferiu não comentar o assunto.
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