icon search
icon search
home icon Home > economia
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

ECONOMIA

BC faz décimo corte nos juros

De agosto do ano passado, quando a taxa estava em 12,50% ao ano, a Selic perdeu 5,25 pontos percentuais até chegar aos atuais 7,25%.

Publicado em 11/10/2012 às 6:00

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) surpreendeu ontem o mercado financeiro e diminuiu mais uma vez a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, chegando a 7,25%. Foi a décima reunião consecutiva em que o colegiado de diretores do BC optou pelo afrouxamento da política monetária, de modo a incentivar o crescimento da atividade econômica.

De agosto do ano passado, quando a taxa estava em 12,50% ao ano, a Selic perdeu 5,25 pontos percentuais até chegar aos atuais 7,25% - uma queda equivalente a 42% – e renovou pela terceira vez o patamar de juro básico mais baixo da história do Copom, criado em junho de 1996.

Em nota divulgada logo após a término da penúltima reunião do Copom no ano, o colegiado de diretores do BC informa que a redução de 0,25 ponto percentual teve 5 votos a favor, enquanto três diretores optaram por manter a taxa nos atuais 7,50%.

O Copom explica que “considerando o balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional”, entende que “a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear”.

O corte contraria a estimativa do último relatório Focus, feito pelo BC a partir de consultas a instituições financeiras. Nesta semana, a previsão divulgada era de que a Selic deve terminar 2012 com a taxa em 7,50%. No entanto, as projeções de analistas apontavam para uma queda de 0,25%.

Essa falta de consenso nas previsões reflete o dilema que o BC enfrenta. Com a inflação dando sinais de alta, o desafio é não estourar a meta do governo, de 4,5% (com teto de 6,5%), em um cenário de alta dos preços, mas com a atividade baixa e precisando de estímulos ao consumo.

A taxa de juros é um dos principais instrumentos de controle dos preços no país. Em tese, baixando os juros, estimula-se o consumo em razão do alívio no preço dos produtos e serviços.
No acumulado dos 12 meses, encerrados em setembro, a inflação soma alta de 5,28%.

Para Claudemir Galvani, professor de Economia da PUC-SP e diretor da Metha Consultoria, a decisão do Copom ocorreu como o mercado esperava. "Ainda há espaço para que a Selic caia a 0,5%. Mas, tendo em vista que a inflação subiu em setembro, o BC evita dar a cara para bater e fez uma redução mais tímida de 0,25%. A decisão do comitê, neste momento, deve ter levado em consideração a repercussão da imprensa e do mercado, por isso cortaram menos", afirma Galvani.

JUROS REAIS EM QUEDA
Com a queda de ontem, os juros reais do Brasil devem ficar abaixo dos 2% ao ano. Os juros reais, que excluem a inflação do IPCA, devem baixar para 1,95%.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp