Síria tem mais um dia de bombardeio

Um bombardeio militar de uma cidade no centro da Síria matou 30 pessoas ontem, na véspera de uma programada retirada do Exército de áreas urbanas, disseram ativistas de oposição, pondo em dúvida o cessar-fogo acertado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ativistas de oposição disseram que o Exército bombardeou a localidade de al-Latmana, ao noroeste da cidade de Hama, matando 30 pessoas. Entre os mortos, havia 17 crianças e oito mulheres, segundo eles.

De acordo com os membros do Comitê de Coordenação Local (CCL), outras 30 pessoas também teriam morrido na cidade de Tal Rafaat, próxima a Aleppo.

Em confrontos perto da fronteira com a Turquia, perto da fronteira turca, os rebeldes mataram pelo menos seis membros das forças de segurança sírias e funcionários aduaneiros, de acordo com o oposicionista Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Há relatos de mais mortes em outras localidades.

O coronel Qassem Saad al-Deen, porta-voz do Exército Livre Sírio, afirmou anteontem que pelo menos mil pessoas foram mortas durante a semana passada, a maioria deles civis. A violência indicou que o plano de paz mediado pelo enviado internacional Kofi Annan e inicialmente aceito pelos dois lados está sob risco. Sob o acordo, a Síria deveria começar a retirar as tropas em torno dos centros urbanos até hoje, abrindo caminho para o início de uma trégua 48 horas depois.

No entanto, o presidente da Síria, Bashar Al Assad, anunciou que não irá retirar as tropas das cidades. Ele exige da oposição “garantias por escrito”. A cobrança foi feita em comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores.