COTIDIANO
MP apura furto de água para irrigação em reservatórios do interior
Água desviada estaria sendo utilizada para irrigação de culturas agrícolas; Aesa e Cagepa têm cinco dias para apresentar explicações.
Publicado em 25/05/2012 às 6:30
O promotor de Justiça Bertrand de Araújo Asfora, coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias Criminais e das Execuções Penais (Caocrim), encaminhou ontem um pedido de informação aos presidentes da Agência Executiva Sanitária de Águas (Aesa) e da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Orlando Soares de Oliveira Filho e Deusdete Queiroga, respectivamente, a respeito de prováveis ocorrências de desvio de águas armazenadas em adutoras públicas para irrigação, quando deveriam ser utilizadas, prioritariamente, para o consumo humano.
Pelas denúncias que têm chegado com frequência ao Ministério Público da Paraíba, segundo Bertrand Asfora, essa prática criminosa de subtração de água estaria ocorrendo em várias partes do Estado, através da perfuração do sistema de canalização que leva a água das adutoras dos reservatórios públicos às comunidades.
Com a danificação do sistema, a evasão ocorre de forma parcial, prejudicando populações inteiradas, para beneficiar culturas agrícolas ribeirinhas cujos donos só visam apenas o lucro.
Diante dos indícios de irregularidades, o promotor Bertrand Asfora formulou pedido de informações e deu prazo de cinco dias para as direções da Aesa e Cagepa apresentarem as devidas explicações a respeito do assunto.
“As denúncias continuam chegando e por isso temos que adotar medidas cabíveis para coibir abusos desta natureza. Afinal, centenas de famílias podem estar sendo prejudicadas com a provável prática desse crime”, assinalou o representante do Ministério Público da Paraíba, que poderá instaurar um inquérito policial para punir os responsáveis pela prática.
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