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COTIDIANO

Pesquisador diz que ação é patológica

Pesquisador e cientista político José Maria Nóbrega analisa crimes cometidos por trio pernambucano.

Publicado em 14/04/2012 às 18:31

Estudioso da violência na região Nordeste do Brasil, o pesquisador e cientista político José Maria Nóbrega considera os crimes praticados pelo trio em Pernambuco como “atípicos”. Ele lembra que as mortes ocorridas nos Estados nordestinos nos últimos anos possuem características completamente diferentes do caso de Garanhuns.

A maior parte dos assassinatos, conforme o especialista, possui ligação com o tráfico de drogas, com crimes anteriores ou mesmo com rixas pessoais entre os envolvidos. “Essa barbárie seria mais ligada à psicopatologia, uma irracionalidade. É realmente um caso bastante atípico, crimes com requintes de crueldade em graus muito elevados e com níveis de frieza muito grandes. A gente fica analisando não como cientista político, mas como filósofo. E começamos a perceber que, como já constataram outros filósofos, o homem tem um ímpeto de agressividade e prazer de matar. Isso é controlado pelo Estado e pelas instituições sociais”, discorreu José Maria Nóbrega, destacando que a temática se insere nas discussões sobre o contrato social.

“A gente vê como uma patologia, mas levando em consideração que a natureza humana é perversa, fica impossível esse tipo de tragédia ser controlada pelo poder público”, concluiu o pesquisador.

No mês de fevereiro deste ano, um caso de violência registrado na região Nordeste também ganhou proporções nacionais. O crime coletivo que ficou conhecido como a ‘Barbárie de Queimadas’ tirou a vida de duas mulheres e outras três foram estupradas, durante uma festa de aniversário no município paraibano de Queimadas. Dez acusados foram presos acusados de planejarem e executarem o crime coletivo.

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Jornal da Paraíba

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