VIDA URBANA
Homem foi morto a mando da própria irmã em padaria, diz polícia
"Está comprovado que ela foi a mandante", disse o delegado. Segundo ele, herança teria sido o motivo.
Publicado em 28/06/2016 às 9:00
Nesta segunda-feira (27), foi presa Maria Celeste Medeiros, de 26 anos, a irmã de Marcos Antônio, de 28 anos, morto durante assalto a uma padaria no Jardim Luna, em João Pessoa, no dia 4 de junho. Ele foi assassinado com dois tiros na cabeça e, conforme a polícia, a irmã dele teria sido a mandante do crime, possivelmente visando a herança da família.
"Está comprovado que ela foi a mandante", disse o delegado Aldrovilli Grisi Dantas.
Outros cinco suspeitos também foram presos. De acordo com o delegado, novos detalhes do caso vão ser repassados nesta terça-feira (28), durante uma coletiva de imprensa.
Relembre o caso
A vítima, irmão da proprietária do estabelecimento, foi socorrida em estado grave. Segundo informações da Polícia Militar, dois homens armados entraram na padaria, renderam os funcionários e clientes, roubaram o dinheiro do caixa e a motocicleta da vítima que foi baleada e fugiram.
O rapaz ferido mora em Areia e vinha a João Pessoa nos fins de semana para ajudar no estabelecimento comercial da irmã. Um dos padeiros do estabelecimento, que se identificou apenas como Araújo, relatou que os assaltantes atiraram no homem quando ele estava deitado no chão. “O rapaz estava deitado no chão. Aí ele [o assaltante] disse ‘cadê a chave da moto?’, o rapaz deu. ‘A moto tem alarme ou não?’, o rapaz não chegou nem a responder, ele deu um tiro no chão e outro na cabeça do rapaz, na covardia”, detalhou o padeiro.
Ainda de acordo o funcionário da padaria, ele flagrou a dupla quando seguia para buscar ovos e leite para fazer bolo. Foi neste momento que os assaltantes perceberam a presença dele e também o renderam. “Também me mandaram deitar. Deitei para cima, para esconder uma faca que tava na mesa de trabalho”, explicou.
Conforme informações do cabo Lenildo, da Polícia Militar, o funcionário da padaria foi socorrido por uma equipe do Samu em estado de saúde grave e encaminhado para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. “Estamos mantendo contato com a dona para que as imagens da câmera de segurança sejam usadas na busca pelos suspeitos”, comentou.
"Foi execução", disse perito
Após os primeiros exames periciais, uma equipe do Instituto de Polícia Científica (IPC) concluiu que o tiro não havia sido acidental. Para o perito criminal responsável pela análise, Aldenir Lins, o crime tem características de execução.
“Foram executados dois disparos. O primeiro disparo pegou em um lixeira, esse não foi direcionado para ninguém, foi um tiro direcionado para baixo, para o piso, e acabou atingindo a lixeira. O outro disparo foi exatamente na cabeça da vítima. Esse outro disparo foi muito direcionado para a vítima. Ele não foi naquela coisa de um momento no calor da emoção, não houve reação por parte da vítima. Já deu para perceber que ele chegou, a vítima estava ao solo, estava rendida”, comentou.
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