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VIDA URBANA

Líder muçulmano diz que paraibano preso em operação não é terrorista

Para Ahmad al-Khatib, prisão de jovens teria relação com foto com bandeira do Estado Islâmico. 

Publicado em 25/07/2016 às 9:10

"Eles não são terroristas. Podem ser simpatizantes, mas terroristas não são. Eu tenho certeza que esses dois não tinham intenção de fazer nada de terrorismo no Brasil", afirma o comerciante e líder religioso Ahmad al-Khatib em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, neste domingo (24). Ahmad foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal para prestar depoimento sobre o paraibano Antônio Andrade dos Santos Júnior e Vitor Barbosa Magalhães, de Guarulhos, em São Paulo.
Para o líder religioso, a prisão dos dois jovens teria relação com uma foto que ambos tiraram com uma bandeira com dizeres religiosos que foi adotada pelo Estado Islâmico. A foto teria sido tirada enquanto os dois estavam no Egito, em 2011, para estudar árabe. "Naquela época, no Egito, eles não sabiam o que estavam fazendo, tenho certeza", garante.
Ahmad al-Khatib, que nasceu no Líbano e veio para o Brasil há 27 anos, foi surpreendido pela Polícia Federal, na manhã da quinta-feira, quando foi conduzido coercitivamente para a unidade da PF no Aeroporto de Guarulhos para prestar depoimento sobre os jovens, onde foi ouvido por três horas. Para ele, "a ação foi exagerada".
Ahmad al-Khatib tem uma pequena fábrica de móveis e, além disso, comanda uma ONG onde, junto com professores refugiados, dá aulas de idiomas e computação. Vitor teria feito um teste para trabalhar como vendas externas na rua no negócio de Ahmad onde teria trabalhado durante um mês; já Antônio passou a dar aulas de árabe na ONG e trabalhou como designer gráfico.
De acordo com o líder religioso, Antônio havia estudado no Egito e, quando decidiu voltar para o Brasil, quis conhecer as mesquitas de São Paulo, ficando dois meses na sua casa - foi aí quando se conheceram.
A operação Hashtag, realizada pela Polícia Federal na última quinta-feira (21), prendeu um grupo de dez pessoas que, supostamente, estaria preparando atos terroristas para a Olimpíada do Rio de Janeiro. Além da Paraíba, onde foi preso o jovem Antônio Andrade dos Santos Júnior, a operação ocorreu no Amazonas, no Ceará, em Goiás, no Mato Grosso, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul. Todos os envolvidos são brasileiros.
Em maio, o FBI teria enviado um memorando para a Polícia Federal, sobre brasileiros usando redes sociais para apoiar o Estado Islâmico. Para os americanos, essas pessoas poderiam representar uma ameaça para segurança nacional e para as Olimpíadas. De acordo com o juiz federal Marcos Josegrei da Silva, responsável pelo caso, a PF adicionou a esses nomes outros que se relacionavam com essas pessoas e tratavam do mesmo tema, apresentando postagens semelhantes e manifestações da mesma natureza. As investigações só avançaram com a quebra de sigilo dos suspeitos em redes sociais. A prisão deles é temporária por 30 dias e renovável por mais 30.
Na noite deste domingo (24), o mecânico Leonid El Kadre de Melo, último foragido da "Operação Hashtag", que estava foragido, foi preso em Comodoro, a 656 km de Cuiabá, em Mato Grosso, e deve ser levado para o presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. No local, já estão as outras 11 pessoas suspeitas de planejar ataques terroristas na Olimpíada do Rio de Janeiro.
Na sexta-feira (22), o penúltimo foragido, Valdir Pereira da Rocha, se entregou à Polícia Federal na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, a 562 km de Cuiabá. Todos os presos na ação estão no presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A unidade é de segurança máxima e recebe presos de alta periculosidade.
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Jornal da Paraíba

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