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POLÍTICA

Justiça solta Buega Gadelha e determina afastamento da Fiep por 90 dias

Presidentes da CNI, Fiepe e Fiea também ganharam liberdade.

Publicado em 19/02/2019 às 21:48 | Atualizado em 20/02/2019 às 16:40


                                        
                                            Justiça solta Buega Gadelha e determina afastamento da Fiep por 90 dias
Foto: Leonardo Silva

				
					Justiça solta Buega Gadelha e determina afastamento da Fiep por 90 dias
José Carlos Lyra (presidente da FIEA), Buega Gadelha (FIEP) e Ricardo Essinger (Fiepe) são soltos.

Após o cumprimento de mandados de busca e apreensão e audiência de custódia, a Justiça Federal já soltou seis dos dez presos na operação Operação Fantoche, da Polícia Federal (PF), que investiga um esquema de corrupção envolvendo contratos com o Ministério do Turismo (MTur) e entidades do Sistema S, entre elas o Sesi. Entre eles, o presidente da Federação das Indústrias do estado da Paraíba (FIEP), Francisco de Assis Benevides Gadelha, Buega Gadelha, que se apresentou à Polícia Federal, na tarde desta terça-feira (19), em Brasília.

Na decisão cautelar, o juiz federal Cesar Arthur Cavalcanti de Carvalho também determinou o afastamento cautelar do presidente da Fiep por 90 dias. A medida poderá ser revista após este prazo. Com o fim das investigações, o juiz deverá analisar novamente a necessidade de manter o afastamento dos investigados de suas funções como dirigentes.

Além dele, foram soltos o presidente Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, o presidente da Fiepe, Ricardo Essinger, e o presidente da FIEA, José Carlos Lyra Lira Andrade, além do empresário Hebron Costa Cruz de Oliveira e Lina Rosa Gomes Vieira da Silva - empresária e publicitária, ligada à Aliança Comunicação;.

A informação foi repassada na noite desta terça-feira (19) pela Justiça Federal em Pernambuco (JFPE). Ainda segundo o tribunal, outras pessoas ainda podem ser soltas, já que as audiências de custódia seguem acontecendo.

Em Campina Grande, policiais federais passaram sete horas na sede da FIEP de onde levaram documentos. A PF ainda fez buscas na residência de Buega Gadelha, no bairro da Prata.

Recursos públicos

A operação investiga um esquema de corrupção envolvendo um grupo de empresas sob o controle de uma mesma família que vem executando contratos por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S desde 2002. Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões de recursos públicos.

Além da Paraíba, a Fantoche aconteceu no Distrito Federal e mais cinco estados. A 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.

Empresas de fachada

Pela manhã, o delegado federal Renato Madsen, da PF, afirmou que os alvos da Operação Fantoche são investigados pela criação de empresas de fachada. Segundo ele, os empresários teriam criado empresas sem fins lucrativos para dificultar a investigação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com a PF, a investigação começou em 2014, a partir de uma empresa que recebia grande parte dos recursos para eventos culturais. Os valores, segundo Madsen, estavam superfaturados. A polícia também identificou que o dinheiro não era destinado totalmente a produções culturais.

Um dos eventos que foram alvo da operação foi o festival Bonecos do Mundo, realizado pelo Sesi e idealizado por Lina Rosa Gomes. Esse foi o motivo para o nome da operação.

Os irmãos Lina Rosa, Luiz Otávio Gomes da Silva e Luiz Antônio Gomes Vieira da Silva são ligados à Aliança Comunicação e, segundo o advogado Ademar Rigueira, que os representa, a defesa acha "estranho" o pedido de prisão. Ele disse que vai provar que não houve ilegalidade nas ações.

De acordo com a investigação, a Aliança é a principal empresa beneficiada com os supostos desvios e teria celebrado vários contratos com o Sesi para desenvolver uma série de projetos culturais, como o Cine Sesi Cultural, o mais antigo em execução (desde 2002), Na Ponta da Língua e o projeto Relix. Mais de dez projetos são investigados.

São João de Campina Grande

A Aliança é, também, a empresa responsável pela realização do São João de Campina Grande (PB) desde 2017, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). O contrato para a festa de 2019 foi renovado e as primeiras atrações foram anunciadas.

Foram cumpridos, ainda, outros 47 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Alagoas. Segundo a PF, é investigada a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.

Veja respostas dos citados na investigação

Romero só vai avaliar contrato da Aliança para São João de Campina Grande após licença

Imagem

Josusmar Barbosa

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