Presidente da Câmara de CG convoca vereadores para rever aumento e 13º aprovados

O presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, Antonio Alves Pimentel (PSD), afirmou nesta sexta-feira (16) que vai convocar os vereadores para discutir o projeto aprovado na última quarta-feira (14), que reajusta os salários dos membros dos poderes Executivo e Legislativo para os próximos quatro anos e implanta o 13º salário para os vereadores. A reunião deve acontecer na próxima segunda-feira (19), às 10 horas.

A aprovação do projeto provocou revolta e levou um grupo de pessoas a protestarem na frente do prédio da Casa Félix Araújo e derramarem cerca de 100 quilos de esterco ao longo da entrada do local. O assunto também repercutiu nas redes sociais.

Também ontem, servidores públicos municipais, liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos do Município do Agreste e da Borborema (Sintab), ocuparam o plenário da Câmara e gritaram pedidos de revogação do reajuste e da gratificação natalina. Uma outra ação de repúdio veio da OAB, subseção Campina Grande, que prometeu entrar na justiça contra o projeto aprovado.

"[Diante] de tantos pedidos, a Câmara tem a obrigação de rever, então estão convocados", disse Pimentel. "Vou propôr [as devidas modificações] aos senhores vereadores. É uma proposta, mas tem que ter o aceite de pelo menos a maioria absoluta da Casa", acrescentou.

De acordo com ele, a Câmara precisa respeitar os apelos da população. "A casa do povo tem que ouvir e rever quando é um pedido de tantos cidadãos campinenses. Na minha obrigatoriedade como presidente e dirigente daquela Casa, [quero] convidar os vereadores para fazer essa análise", finalizou.

Na última quarta-feira, por 14 votos a zero, a Câmara Municipal de Campina Grande aprovou o projeto de reajuste e a implantação do 13º, que terá um impacto de R$ 900 mil por ano.

O projeto foi apresentado pela Mesa Diretora da Câmara. O primeiro reajustou os salários dos vereadores de R$ 12.025,00 para R$ 15.193,00, o que representa um crescimento de 26,3%. Já o futuro presidente da Câmara vai ganhar R$ 22.700,00. De acordo com o projeto, “a décima terceira parte do subsídio será paga no mês de dezembro em valor proporcional ao período em que o agente político está no exercício do mandato”.