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VIDA URBANA

‘Mãe de anjo’: acompanhamento psicológico ajuda mulheres que tiveram a gestação interrompida

Segundo psicóloga, as mães que perdem o bebê ainda na barriga passam pelas cinco fases do luto.

Publicado em 12/05/2019 às 9:42 | Atualizado em 13/05/2019 às 15:55


                                        
                                            ‘Mãe de anjo’: acompanhamento psicológico ajuda mulheres que tiveram a gestação interrompida

A surpresa, a espera, as conversas com a barriga, a escolha do nome e a expectativa, fazem parte da espera da chegada de um bebê. E assim, mães e pais preparam o espaço para o novo membro da família, que, planejado ou inesperado é amado desde o ventre. Mas, quando a gestação é interrompida e a chegada não acontece, as “mães de anjo” podem buscar ajuda psicológica para enfrentar e superar a perda.

A professora Tânia Alves, no sétimo mês de gravidez, caiu de uma altura de dois metros e o trauma resultou na perda da filha que já tinha quarto e nome: Eloíse. “Fiquei sem chão [...] a sensação, era que uma pessoa tivesse levado a minha filha pra longe e me restava apenas mover céus e terras para encontrá-la. Mas, não era possível”, relembrou Tânia que buscou ajuda psicológica quando viu que a dor da perda estava a impedindo de trabalhar e socializar. Segundo a professora, o acompanhamento com um profissional “foi essencial” para a mudança do quadro.

De acordo a psicóloga Danyella Ribeiro, mesmo que uma mulher tenha perdido o filho ainda na barriga ou poucas horas depois do nascimento, ela passa pelo processo do luto que tem cinco fases. “A negação, a raiva, barganha, depressão e aceitação. Mas isso é um processo lento e longo e, muitas das vezes, ele estagna na depressão”, ressaltou.

Já a ginecologista Sandra Leite lembra sobre as transformações ocorridas durante uma gravidez. “Muitas mães, a partir do sexto mês já têm a presença de colostro nos seios, então, a sensação de ter leite e não poder amamentar gera uma “briga hormonal” no corpo da mulher, o que resulta na compilação de emoções e sentimentos, sendo o mais forte a tristeza”, explicou a médica que acrescentou que na maioria dos casos é indicado o uso de medicamentos para pausar as transformações.

Ainda de acordo com Danyella, a decisão de não querer enfrentar outra gestação gera outro sofrimento. “É necessário que tenha a intervenção psicológica para que essa mãe possa superar o trauma da perda do bebê e que um dia possa engravidar novamente. Muitas ficam com medo”, explicou.

Para a psicóloga, as maternidades ainda são carentes desse acompanhamento e, muitas das pacientes desconhecem que a ajuda profissional seja necessária. “É um assunto muito importante e que precisa ser discutido de forma frequente. As mães que perdem seus filhos precisam ser assistidas, acolhidas e apoiadas”, concluiu.

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Jornal da Paraíba

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