Marcos Cavalcanti assume TJ e promete combater a morosidade

O desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque tomou posse nesta sexta-feira (30) como presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). O magistrado afirmou que um dos desafios da sua gestão é dar uma maior celeridade aos julgamentos dos processos.A solenidade aconteceu no Teatro Paulo Pontes do Espaço Cultural e além do novo presidente, também foram empossados o vice-presidente, desembargador José Ricardo Porto; e o corregedor, Arnóbio Alves Teodósio.

Marcos Cavalcanti foi eleito para a presidência do Tribunal de Justiça em novembro de 2014. Ele vai comandar a corte durante o biênio 2015/2016 e substituiu no cargo a desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti.

“O momento é difícil para quem assume a presidência de qualquer Tribunal, especialmente num estado nordestino dos menos industrializados, sem riquezas minerais, como outros vizinhos que já exploram o petróleo deixando royalties importantes para arrecadação da Fazenda Pública”, afirmou Marcos Cavalcanti em discurso.

O novo presidente afirmou que o TJPB, assim como outros tribunais, precisa se aparelhar melhor e ter mais juízes, pois o número reduzido de magistrados é um dos motivos da morosidade da Justiça. “É preciso um estímulo com instalações eficientes que atendam o mínimo de conforto para todos que se ocupam com os trabalhos jurisdicionais, inclusive a melhoria salarial dos servidores e o bem-estar dos jurisdicionados”, pontuou.

Para Cavalcanti, além da lentidão processual, a Justiça paraibana também enfrenta outros problemas, como dificuldades orçamentárias e a histórica superlotação dos presídios. “Gostaria de poder dizer no final do meu biênio administrativo: fiz alguma coisa no combate à morosidade da justiça, melhorei a prestação jurisdicional na Paraíba”, ressaltou o desembargador.

Ao transmitir a presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba ao novo gestor, a ex-presidente, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, analisou o período em que esteve à frente do Judiciário, destacou a solidificação de ações sociais por meio de projetos implantados em sua gestão e falou sobre o aprendizado adquirido ao longo dos dois anos de administração judiciária.

“A lição que fica é que não podemos administrar nada sozinhos. É necessária uma gestão compartilhada, com o apoio dos desembargadores, magistrados e todos que fazem a Justiça. Um bom trabalho depende de todos darem as mãos”, disse