POLÍTICA
Quatro organizações sociais disputam Trauma de João Pessoa e Hospital de Mamanguape
Mudanças nas duas unidades são efeitos indiretos das investigações da Operação Calvário.
Publicado em 26/11/2019 às 11:46 | Atualizado em 23/12/2019 às 12:33
Quatro organizações sociais estão disputando as administrações do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa e do Hospital Geral de Mamanguape. As entidades já apresentaram as propostas que estão sendo analisadas pela comissão designada pelo governo da Paraíba. De acordo com a Secretaria de Saúde, as escolhidas vão ser anunciadas no começo de dezembro.
Estão concorrendo para o Hospital de Trauma as seguintes organizações sociais: Santa Casa de Misericórdia de Birigui, do interior de São Paulo; Instituto Saúde e Cidadania (Isac), de Brasília; e o Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (IBRAPP), que também é de Brasília, mas tem escritório em João Pessoa. As duas últimas também concorrem na seleção do Hospital Geral de Mamanguape, junto com o Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde (InSáude), que tem sede em São Paulo e escritório na Paraíba.
Nas duas concorrências, as organizações precisaram apresentar proposta técnica e econômica para gerenciamento e execução das ações e serviços de saúde nas unidades, No caso do Trauma de João Pessoa, as propostas foram apresentadas no dia 12 de novembro, e no Geral de Mamanguape, no dia 22.
Quem vencer as concorrências devem assumir os dois hospitais antes do final do ano. Pois os contratos das organizações sociais responsáveis pelas duas unidades atualmente termina no dia 28 de dezembro, segundo a Secretaria de Saúde.
Efeitos indiretos da Calvário
A troca de comando nos dois hospitais estaduais é um efeito indireto da Operação Calvário, que investiga um esquema de desvio de recursos, envolvendo dirigentes de OS's e membros do governo estadual.
Quando a ação foi deflagrada, no começo do ano, o Trauma era gerido pela Cruz Vermelha Brasileira e o de Geral de Mamanguape, pelo Instituto de Psicologia Clínica Educacional e Profissional (IPCEP). Com a investigação, as duas unidades sofreram intervenção por parte do governo. A Cruz Vermelha mais tarde foi descartada e em seu lugar entrou, de forma emergencial, o Instituto Acqua, com um contrato de seis meses.
Já o IPCEP ganhou uma segunda chance em Mamanguape. O interventor do estado disse não ter encontrado irregularidades na administração do hospital e a organização foi novamente qualificada, voltando a gerir a unidade. No entanto, na quinta fase da Calvário, em outubro, a organização foi mais uma vez alvo da operação, inclusive com a prisão do diretor administrativo do hospital. Mais uma vez o governo decretou intervenção na unidade e também no Hospital Metropolitano de Santa Rita, pelo qual ela também era responsável.
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