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VIDA URBANA

Água da transposição que chega a Boqueirão é só 15% da prometida

Grande quantidade de áreas irrigadas preocupa o Ministério Público.  

Publicado em 01/08/2017 às 10:12

A quantidade de água que está chegando ao leito do rio Paraíba no município de Monteiro, vinda do canal da Transposição do rio São Francisco, é muito inferior à quantidade prometida pelo Ministério da Integração. A constatação foi feita em medições conjuntas realizadas com a participação de vários órgãos na segunda-feira (31)

Segundo os dados coletados, na chegada das águas ao Rio Paraíba, a medição ficou em 3,51 m³/s, o que representa apenas 30% da vazão que foi inicialmente anunciada pelo Ministério da Integração que seria de 9 m³/s. E a quantidade que chega ao espelho d'água do açude de Boqueirão é de apenas 1,42m³/s, correspondendo a 15% da previsão inicial.

Com a utilização de um equipamento da Aesa (SonTek M9), também foram realizadas medições em outros pontos como a estação na EBV-6, onde registrada a vazão de 4,9 m³/s; e uma vazão de 4,62 m³/s no canal após a EBV-6. Na entrada e na saída do Reservatório de Barro Branco, foram registrados, respectivamente, 3,88 m³/s e 3,74 m³/s.

Participaram da fiscalização técnicos da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), da Empresa Concremat Árcadis, que gerencia o Projeto de Integração e Transposição das Águas do Rio São Francisco para o Ministério da Integração e o procurador do Ministério Público Francisco Sagres.

A equipe visitou também a região do Açude de Boqueirão, manancial que abastece a cidade de Campina Grande. De acordo com procurador Francisco Sagres, na chegada da água na bacia do Epitácio Pessoa, foi registrada a vazão de 3,5 m³/s, quase a mesma verificada na chegada ao leito do rio Paraíba, em Monteiro. Porém, de acordo com as medições, no espelho de água só tem chegado a vazão de 1,42m³/s. Segundo ele, a fiscalização descobriu uma quantidade elevada de áreas irrigadas nesse trecho, o que pode está prejudicando a chegada da água no açude.

Francisco Sagres disse que viajará a Brasília esta semana, onde se reunirá com integrantes do Ministério da Integração Nacional para apresentar e debater essa questão dos irrigantes. Ele disse que não há nenhum barramento ao longo do rio Paraíba que possa prejudicar a passagem das águas. “Essa situação dos irrigantes é muito preocupante e vamos tratar desse assunto com o ministério”, disse.

O procurador afirmou que a vazão total só voltará a ser liberada quando uma das bombas que está quebrada for consertada, o que ainda levará aproximadamente 40 dias. Ainda segundo ele, as bombas que estão funcionando só trabalham 20 horas por dias.

Resposta do Ministério da Integração

Em nota, o Ministério da Integração Nacional disse que "é equivocado afirmar que o Governo Federal anunciou entregar 9 m³/s da água do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco ao Estado da Paraíba. Na verdade, 9m³/s é referente à capacidade máxima da última estação de bombeamento (EBV-6) deste trecho. Depois de passar por essa estrutura, o ‘Velho Chico’ é conduzido por gravidade por canais e adutora até o leito do Rio Paraíba, na cidade de Monteiro (PB), em direção ao reservatório Epitácio Pessoa, em Boqueirão (PB)"!.

E continua: "Atualmente, esse eixo tem fornecido uma vazão de 4,5m³/s no leito do Rio Paraíba, em Monteiro (PB). Esse volume é considerado suficiente para atender uma população de aproximadamente 2 milhões de pessoas. Mesmo nesse período, o Projeto já beneficia mais de 700 mil pessoas na região metropolitana de Campina Grande". "Vale ressaltar ainda que, pela legislação, a responsabilidade pela distribuição da água, que já chegou pelas estruturas da obra, é do estado beneficiário. Cada governo local tem a prerrogativa de estudar e implementar as intervenções necessárias para a chegada da água nos municípios e nas torneiras das casas da população", diz a nota.

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Jornal da Paraíba

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