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COTIDIANO

Bebê encontrado no lixo nasceu vivo e morreu asfixiado dentro de sacolas

O bebê, uma menina, estava em um saco plástico em uma lata de lixo quando foi encontrado por um agente de limpeza.

Publicado em 30/09/2015 às 10:48

O bebê recém-nascido encontrado morto dentro de um tambor de lixo em João Pessoa, no último dia 21, pode ter sido colocado ainda vivo dentro do tambor de lixo. A criança foi enrolado dentro de três sacolas plásticas, jogado lá e, horas depois, encontrada morta por asfixia. Esse foi o resultado da perícia apresentada por Flávio Fabres, gerente operacional da Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) na manhã desta quarta-feira (30). Os exames confirmaram que a criança nasceu viva, descartando a hipótese de aborto. A mãe da criança ainda não foi identificada.

O bebê, uma menina de aproximadamente 34 semanas, segundo laudo pericial, foi encontrado por volta das 5h, na Rua José Marquês de Souza, no bairro do José Américo, por um catador de lixo que buscava material reciclável. Então, o catador pediu ajuda aos clientes de uma padaria, próxima ao local, e logo após, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e a Polícia Militar. A equipe do Samu ainda prestou atendimento de emergência, mas a criança já estava morta.

Segundo o gerente do Gemol, a asfixia, causa da morte do bebê, foi causada por sufocação indireta. O caso teria acontecido da seguinte forma: a criança foi enrolada numa sacola e posta dentro do tambor. Uma das hipóteses é de que um peso tenha sido jogado sobre ela, já que também foi constatado que houve ação externa no tórax da menina. A polícia não sabe se foi a própria pessoa que jogou a menina lá que depositou o peso sobre ela, ou se foi outra pessoa, sem saber.

A criança não tinha nenhuma lesão externa e, segundo Flávio Fabres, estava morta há mais de seis horas quando o exame foi feito, na manhã em que foi encontrada. Com a exclusão da possibilidade de ter acontecido um aborto, o delegado Reinaldo diz que agora resta identificar se o que houve foi um homicídio ou infanticídio. O crime de infanticídio tem pena máxima de seis anos e o de homicídio, 30 anos.

Reinaldo ainda reitera que o caso poderia ser melhor investigado se a população contribuir, denunciando possíveis suspeitos, já que foram feitas diligências nas maternidades da cidade e as imagens das câmeras de segurança não ajudaram na investigação. Nenhuma denúncia, mesmo anônima, foi feita até a manhã desta quarta-feira.

“Ela morreu asfixiada lentamente. Foi um processo demorado e dolorido”, afirma Flávio Febres, gerente do Gemol. O delegado Rinaldo Nóbrega, comovido, lamenta: "Era o sinônimo da inocência".

Relembre o caso

Na manhã do dia 21 de setembro, um bebê recém-nascido foi encontrado morto dentro de um tambor de lixo no bairro José Américo, em João Pessoa. De acordo com a Polícia Militar, um agente de limpeza fazia o recolhimento de lixo na Rua José Maquês de Souza, quando encontrou a criança e pediu ajuda aos clientes de uma padaria que fica próxima ao local para acionar a polícia. O bebê ainda recebeu atendimento do Samu, mas já estava morto.

Imagem

Jornal da Paraíba

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