VIDA URBANA
Acusados pela morte do radialista Ivanildo Viana vão a julgamento nesta quinta-feira
Audiência terá sete réus, entre eles o sargento Arnóbio, acusado de ser o articulador do crime.
Publicado em 26/02/2020 às 18:00 | Atualizado em 27/02/2020 às 12:41
Cinco anos depois, serão julgados nesta quinta-feira (27), às 9h, pelo 1ª Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa, os sete acusados de participação no assassinato do radialista paraibano Ivanildo Viana. Os réus são Arnóbio Gomes Fernandes (sargento Arnóbio), Erivaldo Batista Dias (sargento Erivaldo), Olinaldo Vitorino Marques (sub Olinaldo), Eliomar de Brito Coutinho (Má), Francisco das Chagas Araújo de Farias (Cariri), Valmir Ferreira Costa (Cobra) e Célio Martins Pereira Filho (Pê).
O crime aconteceu exatamente no dia 27 de fevereiro, só que de 2015. Na denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Ivanildo Viana foi perseguido após sair da emissora de rádio em que trabalhava, sendo morto na BR-230 com quatro tiros, quando seguia com destino a João Pessoa. Em relatos feitos pela acusação, Eliomar de Brito Coutinho teria sido o responsável pelos disparos.
As investigações da polícia revelaram que o sargento Arnóbio teria encomendado a morte de Ivanildo por R$ 75 mil, intermediado pelo sargento Erivaldo e pelo sub Olinaldo. O pagamento seria depositado na conta de um presidiário identificado como Leonardo José Soares da Silva (Bode Roco) e rateado entre os envolvidos.
Em 2017, Célio Martins Pereira Filho se entregou à Polícia, durante a Operação Sintonia. Durante investigações, a Polícia Civil concedeu uma coletiva de imprensa e apontou Arnóbio Gomes Fernandes, ex-sargento da Polícia Militar e ex-vereador de Bayeux, como o mentor da morte de Ivanildo Viana. Preso em três megaoperações policiais na Paraíba, ele também teve o nome envolvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados, que investigou a atuação de grupo de extermínios no Nordeste.
Em agosto de 2010, o sargento Arnóbio foi um dos sete policiais presos na Operação Águas Limpas, deflagrada para desarticular grupos de extermínio na Paraíba. Dois anos depois, em setembro de 2012, o ainda PM foi um dos detidos na Operação Esqueleto. A ação conjunta das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal deteve 42 pessoas suspeitas de envolvimento no tráfico e homicídios na Grande João Pessoa. Na época, o delegado responsável, Cristiano Jacques, disse que o PM fazia serviços de segurança particular para traficantes.
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