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POLÍTICA

No lugar de uma quadra um matagal. A obra parou. E aí?

Obras de equipamentos de lazer, prática de esporte e cultura estão abandonadas em várias cidades da Paraíba por má gestão do dinheiro público.

Publicado em 17/10/2015 às 6:15

Sem equipamentos adequados para a prática de esportes, a população paraibana tem visto os jovens estudantes perderem a oportunidade de ser tornar atletas no futuro. Espaços de fomento cultural e de lazer também seguem inacabados, confirmando o descaso dos gestores públicos com o dinheiro do povo. Bem-estar e lazer é o tema da última reportagem da série “A obra parou. E aí?”, veiculada ao longo desta semana pela Rede Paraíba, através do JORNAL DA PARAÍBA, das TV Cabo Branco e Paraíba, CBN e portal G1.
Necessária como equipamento para a prática de esportes, as obras para construção de uma quadra de esportes na escola estadual de ensino fundamental e médio José Paulo de França, em Mari, iniciada em 2002, está completamente abandonada. O mato tomou conta do local, que segue fechado através de um cadeado, enquanto os alunos se submetem às aulas no terreno, localizado na área externa da escola. “Só pratiquei esporte aí uma vez, e mesmo assim foi só pra fazer uma gravação pra um projeto”, disse Dinart Douglas, que estuda na escola há oito anos.
A superintendente de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), Simone Guimarães, disse que as obras foram temporariamente suspensos devido a necessidade de aprovação de um aditivo para concluir, não só a instalação, mas também de outros detalhes na estrutura física da escola. “Até o dia 30 de outubro esta obra será finalizada e estará pronta para ser entregue à população”, explicou.
Enquanto a data não chega, a esperança de Geandro, que estudou na escola da quinta série do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio e não viu a conclusão da quadra, é de que o filho possa utilizar o local. “Tenho um filho de dois meses e fiquei imaginando ele crescer e, como eu, não ter a oportunidade de jogar nesta quadra. Espero muito que terminem, até porque aí já tem muito dinheiro desperdiçado”, concluiu.
Vila Olímpica em Araruna
Na cidade de Araruna, as obras para construção da Vila Olímpica foram iniciadas em 2011. Dois anos depois, apenas os serviços de terraplanagem, drenagem do terreno e um muro foram realizados no local. O equipamento, destinado à prática de esportes, está com as obras paralisadas desde 2013. Do contrato de R$ 2,3 milhões, já foram pagos R$ 398.601,39.
O secretário de Infraestrutura de Araruna, Hilton Farias Targino, justificou que as obras estão paradas desde 2013 porque a construtora teve dificuldades de terminar a obra, de modo que a prefeitura teve que cancelar o contrato. Ele nega que tenha havido fraude na execução da vila. “O repasse que foi feito foi apenas do que chegou a ser construído. Agora nós tivemos que fazer uma nova licitação e um novo contrato com outra construtora. Em julho foi liberado R$ 1,9 milhão para terminarmos o projeto, e ainda este ano as obras devem ser retomadas, garantiu.
Praça em Mogeiro está parada há três anos
Espaços públicos destinados ao lazer também estão em completo abandono pelo poder público. Em Mogeiro, no Agreste, uma praça que começou a ser feita no loteamento Maria Peixoto é uma das que está parada há três anos. A obra, orçada em pouco mais de R$ 293 mil, fica exatamente ao lado de uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF), que também está parada. O espaço era uma lagoa, que chegou a ser aterrada e construído o alicerce da praça. Depois disso, a empresa recolheu o material e foi embora sem terminar. O prazo para conclusão venceu em junho deste ano e não foi prorrogado pela Caixa Econômica Federal.
Segundo o secretário de Infraestrutura da cidade, Lenilson de Andrade Alves, do total da obra foram gastos R$ 87,5 mil, e quase 30% do projeto foi executado. “A empresa, à época, alegou que não tinha como dar suporte para tocar a obra pois dependia de repasses do Governo Federal. O que foi repassado, foi executado. Como atrasou o repasse, a empresa alegou prejuízo e parou de construir. Tivemos que realizar um distrato com ela”, explicou, que disse estar tentando prorrogar o contrato para fazer uma nova licitação.
Museu da cachaça deveria ter sido concluído em 2013
Em Santa Cruz, na Zona Mata, o prédio do Museu da Cachaça, que começou a ser erguido à margens da PB-004, como proposta de atrativo turístico para a cidade, está há mais de três anos com a obras paradas. O convênio foi firmado em 2008 e as obras deveriam ter sido concluídas em 2013. No local, apenas a estrutura foi levantada e rebocada e colocadas portas e janelas.
Segundo a prefeitura, as obras são feitas com 97% dos recursos oriundos do Governo Federal, e que o atraso na conclusão de algumas obras e outras estarem andando em ritmo lento se deve a demora no pagamento das parcelas. Uma das construtoras pediu o cancelamento do contrato e outra foi contratada para terminar, e isso teria causado o atraso em algumas obras. Ainda de acordo com a prefeitura, os repasses continuam irregulares.
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Jornal da Paraíba

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