icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Número de mulheres negras assassinadas na PB é sete vezes maior que as de outros grupos

Negras assassinadas nos últimos dez anos correspondem a 87,7%, enquanto as não negras são 12,3%.

Publicado em 27/08/2020 às 17:22 | Atualizado em 28/08/2020 às 8:21


                                        
                                            Número de mulheres negras assassinadas na PB é sete vezes maior que as de outros grupos
Rio de Janeiro - Campanha contra homicídios de jovens negros pinta centenas de silhuetas de corpos no chão do Largo da Carioca (Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil). Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil

Em dez anos, o número de mulheres negras assassinadas na Paraíba foi sete vezes maior do que os crimes que tiveram não negras como vítimas. O dado é do Atlas da Violência 2020. que foi divulgado nesta quinta-feira (27), e é referente ao período entre 2008 e 2018. Entre outros dados, o levantamento mostra também que um negro tem 8,8 vezes mais risco de ser morto do que alguém de outro grupo racial, no estado.

As mulheres negras assassinadas na Paraíba nos últimos dez anos correspondem a 87,7%, enquanto os homicídios de mulheres não negras são representados por 12,3%.

Em 2018, por exemplo, 68% das mulheres assassinadas no Brasil eram negras. Enquanto entre as mulheres não negras a taxa de mortalidade por homicídios no último ano foi de 2,8 por 100 mil, entre as negras a taxa chegou a 5,2 por 100 mil, praticamente o dobro.

Outros estados da Região Nordeste também apresentaram grandes diferenças neste índice de mulheres negras e não negras, como Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Piauí e Alagoas.

Negros têm 8,8  a mais de serem mortos na Paraíba

Em quase todos os estados brasileiros, um negro tem mais risco de ser morto do que uma pessoa de outro grupo racial. De acordo com o levantamento do Atlas da Violência 2020, na Paraíba, a possibilidade de um negro ser morto é 8,8 vezes maior (taxa de 43,6), em relação a uma pessoa não negra (4,9). Este cenário também é reproduzido em outros estados nordestinos como Sergipe (5,1 vezes), Ceará (4,7) e Rio Grande do Norte (4,3).

Apesar de uma leve redução no número de homicídios de pessoas negras na Paraíba, entre os anos de 2017 (1.227) e 2018 (1.156), nos últimos dez anos foi registrado um aumento de 24,6%. Enquanto isso, os não negros na Paraíba tiveram 96 mortes em 2017 e 65 em 2018. Em dez anos (2008-2018), a variação registrada foi de 30% no número de casos.

O Atlas da Violência é elaborado a partir de uma parceria entre o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e o Instituto de Econômica Aplicada (Ipea) e tem como base de dados os números apresentados pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde.

Homicídios na Paraíba reduziram quase 20% nos últimos seis anos

Em um cenário geral de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), o Atlas faz um destaque e utiliza a Paraíba como exemplo de estado que conseguiu o maior período de redução das taxas de homicídio. Segundo o estudo, o principal fator para este cenário foi a implantação do programa 'Paraíba Unidos pela Paz', inspirado em modelos que já eram desenvolvidos em estados como Pernambuco e Espírito Santo.

Utilizando dados do período entre 2013 e 2018, a redução foi de 19,8%, saindo de 1.551 assassinatos para 1.244.

Imagem

Raniery Soares

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp