VIDA URBANA
‘Ala Covid-19’ do Hospital de Trauma de Campina Grande é desativada
Agora, pacientes acometidos pelo vírus serão tratados no Hospital das Clínicas da cidade.
Publicado em 02/09/2020 às 17:58 | Atualizado em 03/09/2020 às 8:53
A direção do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande informou nesta quarta-feira (2) que a ‘Ala Covid-19’, destinada ao atendimento de pacientes acometidos pelo novo coronavírus, está sendo desativada. Por causa deste processo, a unidade deixará de receber pacientes infectados pelo novo coronavírus e realizará exclusivamente atendimentos de traumatologia.
O Trauma, juntamente com o Hospital das Clínicas, fazem parte do plano de ação da Secretaria de Estado da Saúde (SES) para enfrentamento à Covid-19 em Campina Grande. Desde o mês de maio, a unidade destinou 60 leitos, sendo 30 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 30 de enfermaria para atendimento à pessoas com coronavírus.
Segundo a direção do hospital, nos últimos cinco meses, foram registradas 330 admissões e 250 altas de pacientes com Covid-19. A taxa de mortalidade de infectados por coronavírus ficou em aproximadamente 30% e mais de 40 retiradas de intubação foram registradas.
Segundo a diretora-geral do Trauma de Campina Grande, Ingrid Ramalho, a desativação da Ala Covid-19 é uma reorganização do plano de cuidados para os pacientes com o vírus e acontece por conta da alta demanda de vítimas de acidentes de trânsito, além da queda na procura por atendimento à pessoas com o novo coronavírus.
“Realocamos quatro leitos de UTI para uma Unidade de Decisão Clínica (UDC), destinada a pacientes em estado grave. Mas a partir desta quarta, o Trauma está deixando de receber pacientes com coronavírus e o Hospital das Clínicas de Campina Grande será a retaguarda do Estado na cidade”, explicou.
Alta ocupação de leitos no Trauma
A ocupação de leitos do Trauma de Campina Grande voltou a crescer, após reduções consideráveis, por conta dos acidentes de trânsito. Somente no mês de agosto, a unidade registrou 873 atendimentos a vítimas de acidentes de moto, carro, bicicleta e atropelamento, o que representa um aumento de aproximadamente 43%, em comparação ao percentual registrado em abril deste ano.
Para a direção do hospital, as reduções é um dos reflexos da pandemia provocada pelo novo coronavírus, em que as pessoas passaram a transitar menos pela cidade. Agora, por causa das medidas de flexibilização, a realidade passou a ser diferente.
No total, os números relacionados aos atendimentos por acidente de trânsito envolvendo motos, carros, bicicletas e atropelamentos no Trauma de Campina Grande apresentaram uma queda de 24,2% nos primeiros oito meses de 2019, em comparação com o mesmo período de 2020.
Coronavírus em CG
Em Campina Grande, o Hospital Municipal Pedro I é a unidade referência para tratamento do novo coronavírus, e recebe pacientes com sintomas e diagnosticados com a Covid-19. No início da pandemia, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro do Alto Branco era a porta de entrada para os pacientes acometidos pelo vírus, mas deixou de atender essas pessoas.
Além do Hospital de Emergência e Trauma, o Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) desativou a Ala Covid-19 e também deixou de receber pacientes com o vírus. Até esta terça-feira (1º) Campina Grande possui 12.376 casos de Covid-19, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Comentários