VIDA URBANA
Professores e servidores da UFPB apoiam ação judicial contra nomeação de Valdiney Gouveia como reitor
Chapa eleita durante consulta eleitoral deve decidir até o fim da tarde se irá judicializar o processo.
Publicado em 06/11/2020 às 16:40 | Atualizado em 06/11/2020 às 17:31
Após plenária virtual unificada realizada na manhã desta sexta-feira (9) com docentes, técnicos-administrativos e estudantes, a Associação de Docentes da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB) e o Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba (Sintespb) decidiram apoiar um processo de judicialização da nomeação do professor Valdiney Gouveia para o cargo de reitor da UFPB. Enquanto isso, estudantes continuam ocupando a portaria da reitoria da universidade, alguns, inclusive acorrentados.
A candidata da chapa eleita durante as votações na universidade, Terezinha Domiciano, disse que será realizada uma reunião ainda nesta sexta-feira para decidir quais serão os próximos passos e se, de fato, será dado início ao processo de judicialização. "Creio que vamos judicializar o processo, teremos o entendimento sobre isso durante essa reunião", disse.
Durante a reunião virtual, a ADUFPB e o Sintesp decidiu forma uma comissão para tomada de ações e que as assessorias jurídicas dos órgãos irão apoiar e estarão à disposição da chapa vencedora para o processo de judicialização da nomeação.
Outras decisões tomadas durante a plenária foram as seguintes: veicular na TV nota pública das três entidades (Adufpb, Sitespb e DCE) explicando à população o que está acontecendo na UFPB; realizar ações nos espaços deliberativos nos centros e departamentos e pós-graduação para moções contra a intervenção; e apresentar moção de repúdio na reunião do Consuni que ocorrerá na próxima segunda-feira (9).
Os estudantes que se acorrentaram em frente à reitoria da UFPB em protesto, por sua vez, têm recebido doações de água e comida e o apoio da comunidade acâdemica. A energia das tomadas do prédio, no entanto, foi cortada. Um dos estudantes que está participando do protesto destacou o que vem ocorrendo em outros estados cujos reitores foram nomeados pelo presidente diferente do que havia sido eleito na corrida eleitoral.
"Se acontecer o que aconteceu em outros estados, do interventor ficar intervindo nos cursos que serão implantados na universidade e no conteúdo desses cursos, a gente vai ter uma violação de direitos constitucionais, que é a liberdade de cátedra e a liberdade de consciência. A gente tá querendo simplesmente que se cumpra a lei e que seja respeitada a democracia interna", destacou.
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