Com 15 casos, Cândida Vargas registra surto de microcefalia

O Instituto Cândida Vargas (ICV), em João Pessoa, notificou este ano o nascimento de 13 crianças com microcefalia e outras duas gestantes que fazem o pré-natal na maternidade receberam ontem o diagnóstico da malformação dos fetos. No ano passado, o ICV contabilizou apenas um caso de microcefalia.

Segundo o diretor clínico da unidade hospitalar, Juarez Augusto, os últimos dois nascimentos cujas crianças apresentaram a malformação, aconteceram na última quarta-feira e na tarde de ontem. Também ontem, a unidade recebeu as duas grávidas cujos fetos foram diagnosticados com microcefalia. Conforme o diretor clínico do ICV, elas foram encaminhadas por equipes do Hospital Édson Ramalho, localizado na capital.

“Elas fizeram os exames e foi diagnosticado a microcefalia nos fetos e elas só souberam ontem. Esse número de 15 casos dessa malformação que tivemos desde janeiro até agora é alarmante e já caracteriza um surto. Já esta semana começamos a entrevistar todas essas mães para saber se elas tiveram algum problema de saúde, virose ou zika durante a gestação”, explicou Juarez Augusto, adiantando ainda que das 15 mães, cinco já informaram que tiveram virose durante a gravidez.

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Através da assessoria de comunicação, a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa informou que na próxima segunda-feira a Diretoria de Vigilância Epidemiológica vai reunir os representantes de todos os Distritos Sanitários da capital para que orientem as equipes de Saúde da Família no acompanhamento às gestantes atendidas na rede municipal. Conforme a assessoria, todas as gestantes cuja criança for identificada com algum tipo de malformação deverá ser encaminhada ao ICV para acompanhamento na unidade hospitalar, que é referência no atendimento de gravidez de alto risco.

A assessoria informou ainda que também serão reforçadas nos bairros da capital as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti que, além da dengue, transmite o zika vírus. Para isso, a Vigilância Sanitária do município pede o apoio da população para que não mantenham em casa recipientes com água parada e outros espaços que possam ser criadouros do vetor.

Sem resposta

A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA procurou, por telefone, a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde para comentar o assunto. Mas as ligações não foram atendidas. Por sua vez, a Secretaria de Comunicação Institucional do governo do Estado informou que os representantes da pasta da Saúde estavam todos participando de um congresso no Centro de Convenções.