COTIDIANO
Faltam remédios e materiais básicos para cirurgias no Trauminha, aponta CRM
Segundo relatório da fiscalização, unidade tem uma série de problemas.
Publicado em 06/05/2021 às 16:09
Uma fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB) no Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcisio Burity, mais conhecido como Trauminha de Mangabeira, em João Pessoa, encontrou uma série de problemas, nesta quinta-feira (6). De acordo com o CRM-PB, mesmo com melhorias em comparação à vistoria que culminou em uma interdição ética em 2020, falta remédios e materiais básicos, como luvas cirúrgicas e fios de sutura na unidade.
A estrutura do prédio também apresenta falhas que "comprometem o exercício da medicina e o ambiente de trabalho", segundo o CRM. O relatório do órgão aponta a falta de medicamentos provocou a suspensão de cirurgias com "relativa urgência" na unidade, e exige o reabastecimento de insumos em até sete dias.
“Encaminhamos cópias do relatório da fiscalização para a Secretaria Municipal de Saúde e Direção Técnica da unidade e solicitamos um cronograma para providências imediatas de reabastecimento de insumos em até 7 dias corridos”, disse o diretor do Departamento de Fiscalização do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza.
A passarela que interliga os blocos permanece interditada por recomendação do CRM, considerando reformas em vários pontos encontrados na visita anterior. A enfermaria da clínica médica está em reforma.
Segundo o CRM-PB, no repouso médico das áreas de ortopedia/bucomaxilofacial há infiltrações, vaso sanitário com defeito e frigobar enferrujado, e falta lençóis para os médicos. Já no repouso médico da cirurgia geral, o CRM encontrou colchões com coberturas rasgadas e infiltrações no teto.
Três salas do Bloco Cirúrgico então em atividades com equipamentos disponíveis, não há tocas ou gorros descartáveis para os profissionais de saúde. O consultório cirúrgico do pronto-atendimento está interditado devido à infiltrações.
O setor de raio x possui películas e equipamento digital novo, mas depende da instalação dos equipamentos e disponibilização de terminais nos consultórios.
O bloco cirúrgico da Unidade Humberto Nóbrega está com atividades suspensas devido à uma reforma, e na farmácia faltam diversos medicamentos, entre antibióticos e anestésicos, e materiais como cateter, sondas e outros.
O diretor de Fiscalização e o médico fiscal, Márnio Solermann Silva Costa, realizaram a vistoria para apurar denúncias sobre a falta de materiais para realização de cirurgias e suspensão dos procedimentos.
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