VIDA URBANA
Ouvidoria soma 3,8 mil queixas
Atraso na realização de exames, demora para marcar consultas e mau atendimento lideram reclamações na ouvidoria da SMS.
Publicado em 05/09/2014 às 6:00 | Atualizado em 19/03/2024 às 11:22
A Ouvidoria da Secretaria de Saúde do Município de João Pessoa registrou, nos sete primeiros meses deste ano, 3.809 solicitações de usuários insatisfeitos com a qualidade dos serviços de saúde, número maior do que a demanda de 2.850 notificações contabilizadas, neste mesmo período, no ano passado. Só em julho de 2014, foram realizadas 360 notificações, entre reclamações, denúncias e elogios. Deste total, 13% são referentes a atraso na realização de exames, número este que ocupa o primeiro lugar no ranking de reclamações.
O segundo lugar do ranking de reclamações é ocupado por 12,42% pela demora na hora de marcar a consulta. Já em terceiro lugar estão as reclamações sobre o mau atendimento com 8,7%. Na sequência aparece a reclamação dos usuários com relação à demora para ser atendido (8%), o mau funcionamento do sistema de saúde com 5,7%. Por fim, os elogios somam 5,6%, e por último, 5,05% de requerimentos sobre a falta de medicamento.
De acordo com a ouvidora da saúde do município, Maria Auxilene de Figueiredo, apesar do número de notificações até julho deste ano ter aumentado, em comparação ao mesmo período do ano passado, as reclamações vêm diminuindo gradativamente, já que existe uma política de conscientização reforçada pelo órgão. “Estamos realizando um trabalho eficiente, apesar deste número, atingimos algumas reduções. Por exemplo, a falta de medicamento ocupava o terceiro lugar no ranking de reclamações em janeiro deste ano, diferente do mês atual já que esse mesmo tópico se encontra na sétima posição”, assegurou.
O órgão municipal tem como objetivo registrar as manifestações dos cidadãos em forma de reclamação, denúncia, sugestão e elogios a respeito dos serviços prestados pelo sistema de saúde. Após realizadas as notificações, a ouvidoria transfere as informações para o banco de dados da Ouvidoria Geral do SUS (Dorges) e direciona a demanda também para a Ouvidoria Geral do Município. “O nosso objetivo é registrar as denúncias, analisá-las e mediarmos as suas resoluções, visando sempre manter um canal ético entre o cidadão e os gestores do sistema de saúde”, ressaltou Maria Auxilene.
A ouvidora explica ainda que o órgão não tem poder legal para punir ou realizar abertura de processo administrativo que responsabilize os funcionários ou gestores do sistema de saúde municipal. O trabalho realizado pelo órgão é de mediação de conflitos e aconselhamento. Entretanto, se estas medidas não funcionarem, os casos são encaminhados para a Ouvidoria Geral do Município e, por fim, à Secretaria de Saúde para serem tomadas as medidas cabíveis e legais para cada caso.
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