COTIDIANO
Tribunal do Júri de JP condena dois acusados de executar homem em padaria
Um outro acusado foi absolvido e um quarto, foragido, vai ser julgado depois.
Publicado em 19/08/2021 às 21:46 | Atualizado em 20/08/2021 às 8:25
O 2º Tribunal do Júri de João Pessoa condenou nesta quinta-feira (19) dois dos quatro acusados de ter executado Marcos Antônio do Nascimento, em uma padaria no bairro Jardim Luna, em junho de 2016. Nielson da Silva e Ricardo Sousa Ferreira foram considerados culpados pelo crime, que foi encomendado pela própria irmã (já julgada e condenada). A pena é de 34 anos de reclusão.
No mesmo julgamento, Robson de Lima Santos foi absolvido. O juri decidiu que as provas contra ele eram frágeis. Os advogados de Robson, os criminalistas Aécio Farias e Raffael Simões, alegam que não ficou provado qualquer participação do cliente deles no caso.
Há ainda um terceiro acusado. Trata-se de Severino Ferreira Santos. Ele está foragido, mas enviou advogado para apresentar sua defesa. No julgamento, ficou decidido que ela será julgado em separado, numa outra data ainda a ser definida.
Entenda o caso
Marcos Antônio do Nascimento foi assassinado em 14 de junho de 2016, durante um suposto assalto à pandaria que era dele e da irmã. As investigações, contudo, mostraram que o assalto foi forjado e que o objetivo desde o início era a morte de Marcos. A irmã da vítima, Maria Celeste de Medeiros, encomendou o crime após o irmão descobrir que ela estava roubando o negócio, que fora herdado fruto de herança.
Maria Celeste já havia sido jugada em outubro de 2018. Ela confessou o crime e foi condenada a 29 anos de prisão pelos crimes de homicídio, roubo e falsificação de documentos.
No mesmo julgamento, Werlida Raynara da Silva, que na época era companheira de Maria Celeste, foi condenada a 17 anos e 4 meses pelos crimes de homicídio e roubo. Jairo César Pereira, acusado de dar apoio aos executores do homicídio, foi condenado ao mesmo tempo de prisão de Werlida.
Por sua vez, Walber do Nascimento Castro, acusado de intermediar o contato de Maria Celeste com os homens que executaram o homicídio, foi absolvido.
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