COTIDIANO
Justiça da PB mantém prisão de delegada investigada por extorsão
Escrivão, investigado na operação Cara de Pau, também segue em prisão domiciliar.
Publicado em 24/08/2021 às 17:57 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:03
A Justiça manteve a prisão preventiva da delegada Maria Solidade de Sousa e do escrivão da Polícia Civil Alexandre Pereira Sousa investigados pelo crime de concussão, que é quando alguém faz uso de uma cargo público para obter vantagens indevidas. Eles foram presos preventivamente em abril deste ano na Operação Cara de Pau. A decisão do juiz José Jackson Guimarães, da Vara Única de Alagoa Grande, foi divulgada nesta terça-feira (24).
A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (Ncap). Os órgãos são do Ministério Público da Paraíba. De acordo com informações do promotor Guilherme Lemos, que coordena o Ncap, um servidor público federal denunciou que estava sendo extorquido pelos dois investigados.
Apesar de manter as prisões, o juiz tornou sem efeito a decisão que recebeu a denúncia contra os dois, uma vez que os acusados não teriam sido notificados para que pudessem apresentar defesa por escrito.
Segundo a investigação, a delegada e o escrivão estariam exigindo dinheiro para beneficiá-lo em um procedimento policial que apurava uma ação cometida por ele. Por isso, ele pagou uma quantia à delegada e ao escrivão. Depois, com autorização judicial, o Ncap e o Gaeco monitoraram o segundo pagamento, prendendo os acusados em flagrante.
Além do crime de concussão, os dois também são acusado de exploração de prestígio no exercício de função pública. Tanto a delegada como o escrivão estão em prisão domiciliar.
O JORNAL DA PARAÍBA tentou contato com a defesa dos acusados, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
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