POLÍTICA
Falta de cobrança de R$ 2,9 milhões
Pizzolato teria deixado de cobrar o equivalente a R$ 2,9 milhões das empresas de Valério pelos chamado "bônus de volume".
Publicado em 21/08/2012 às 6:00
Contrariando o que o STF havia informado semana passada --que Lewandowski votaria ontem--, Barbosa retomou a leitura de seu voto, iniciado na quinta. A acusação em relação a Pizzolato diz que o ex-diretor transferiu ilegalmente para a empresa de Valério R$ 73 milhões do Fundo Visanet, criado para estimular uso de cartões de crédito.
O BB detinha o poder de manejo sobre 32% dos recursos desse fundo.
"A Visanet foi mera passadora dos recursos, que pertenciam ao Banco do Brasil", disse Barbosa, que rebateu a tese de que os recursos do fundo eram privados.
O ministro foi além. Disse que, ainda que o dinheiro fosse privado, nada mudaria.
"Se o agente público, no caso, o diretor de marketing, desviou dinheiro ou valor de que tinha posse, está configurado o peculato, independentemente se o valor era público ou privado."
Além disso, Pizzolato teria deixado de cobrar o equivalente a R$ 2,9 milhões das empresas de Valério pelos chamado "bônus de volume", espécie de prêmio pago pelos veículos de comunicação.
Barbosa também rejeitou a tese de Pizzolato de que o pacote de dinheiro que recebeu a mando de Valério era destinado a alguém do PT do Rio, cujo nome não revelou.
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