ESPORTES
Um dia antes de jogo da Copa do Brasil, Treze alcança maior vitória da temporada, na Justiça do Trabalho
Clube garantiu o desbloqueio de 80% de receitas relacionadas ao futebol na Justiça do Trabalho
Publicado em 18/03/2021 às 11:49 | Atualizado em 18/04/2023 às 15:20
Por Pedro Alves
![Um dia antes de jogo da Copa do Brasil, Treze alcança maior vitória da temporada, na Justiça do Trabalho](https://cdn.jornaldaparaiba.com.br/wp-content/uploads/2021/03/500x300/PHOTO-2021-03-18-09-21-10-7.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.jornaldaparaiba.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2021%2F03%2FPHOTO-2021-03-18-09-21-10.jpg%3Fxid%3D664711&xid=664711)
O Treze entra em campo logo mais, contra o América-MG, pela 1ª fase da Copa do Brasil. Por força de regulamento, o time paraibano tem que ganhar para passar de fase e garantir mais R$ 675 mil no orçamento. Mas essa vitória, se acontecer, já será menos importante do que a que o Galo obteve nessa quarta-feira, na Justiça do Trabalho. O Treze conseguiu desbloquear 80% das suas receitas referentes ao futebol (cotas de campeonato e loterias).
Faça-se justiça. A vitória tem total dedo do presidente do clube, Walter Júnior, que teve vontade política e derramou suor para que o clube pudesse respirar financeiramente. Há muito tempo, o mandatário vem buscando essa oxigênio econômico. Outro nome importante no triunfo é Warlen Andrade, diretor jurídico do Galo. Uma equipe de advogados de Recife também se junta aos donos da vitória.
Agora, apenas 20% das receitas estão bloqueadas para o pagamento de dívidas ativas. Realmente, o bloqueio de 100% sempre foi uma morte simbólica imposta pela Justiça do Trabalho aos clubes devedores. Até entendo que 20% é pouco. Mas 100% é assassinar um clube, que pode empregar pessoas, e que, sem receitas, só tende a enganar mais trabalhadores da bola. Uma decisão que nunca dá resultado, que sempre foi inócua.
O primeiro passo Walter Júnior deu. Agora vem um tão difícil quanto. Passa a ser obrigação total, sem relativização, que a gestão do mandatário possa pagar seus compromissos sem atraso, para que o clube não gere mais passivos. Essa precisa ser a palavra de ordem. E se for preciso enxugamento da folha, que se faça, sem medo.
Agora, com 80% de receitas de um ano rentável para o Galo, vide cotas de Copa do Nordeste e de Copa do Brasil, é obrigação pagar os funcionários e atletas. E fazer - e cumprir - uma política profunda de negociação de dívidas. Só assim o Galo pode sonhar em voltar a ser aquele time que dava medo nos adversários.
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