COTIDIANO
Senadores da Paraíba criticam conduta do ministro Ernesto Araújo em relação a Katia Abreu
Publicado em 29/03/2021 às 12:30 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:08
Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA
A conduta do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em atacar a senadora Kátia Abreu (PP-TO), provocou forte reação dos senadores da Paraíba Daniella Ribeiro (PP) e Veneziano (PSB). Eles endossam o coro de parlamentares que cobram do presidente Jair Bolsonaro a saída do chanceler do cargo.
O estopim da crise foi uma postagem de Ernesto Araújo no Twitter, em que ele afirma que, em um almoço com a senadora Kátia Abreu, no início de março. Ela, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, teria dito que ele se tornaria o "rei do Senado" se fizesse um gesto em relação ao 5G, mas que não fez "gesto algum".
Daniella Ribeiro
A senadora Daniella Ribeiro foi uma das primeiras a se pronunciar sobre o caso. No Twitter, ela questionou a conduta de Ernesto Araújo em relação à senadora Katia Abreu.
"É lamentável. Enquanto choramos a morte de milhares de brasileiros , o chanceler ataca a presidente da Comissão de Relações Exteriores @KatiaAbreu com inverdades. Em vez de ajudar o país, atrapalha. Não é isso o que esperamos da nossa diplomacia", declarou a senadora.
https://twitter.com/soudaniella111/status/1376291518735081476
Ela também replicou a opinião do presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco, que declarou que a tentativa do ministro Ernesto Araújo de desqualificar a competente senadora Kátia Abreu atinge todo o Senado Federal. "E justamente em um momento que estamos buscando unir, somar, pacificar as relações entre os Poderes. Essa constante desagregação é um grande desserviço ao País", disse.
Veneziano
Na manhã desta segunda-feira (29), ao Conversa Política, o senador Veneziano Vital do Rêgo foi mais além e criticou a política exterior do governo Bolsonaro, que considera desastrosa. "Perdemos laços que foram ao longo de décadas construídos e consolidados, abrimos flancos em animosidades indesejadas com a União Europeia, índia, china, América Latina", disse.
Para Veneziano, a conduta do assessor do ministro é apenas a repetição da forma 'inconsequente e inconcebível' de fazer politica externa do governo Bolsonaro. "Se o presidente venha a se conscientizar-se da necessidade para estreitar laços institucional, já passou de a muito essa mudança", comentou.
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